Agroecologia e produção orgânica: um estudo de caso da associação agroecológica de Teresópolis, RJ Agroecology and organic production: a case study of the agroecological association of Teresópolis, RJ

Keywords: Organic farming, Family farming, Social capital, Social control, Local development

Abstract

In agriculture, agroecological production systems represent a concrete strategy to support the implementation of democratic processes of rural development, in which, based on local actions, farmers may be able to take a leading role in the local development process. The application of agroecological principles can collaborate to maintain traditional varieties and crops, promote the recovery and value of local culture, including management practices that stimulate and revitalize ethnosciences. The objective of this study was to analyze mountain agriculture through the agro-environmental practices of organic producers linked to the Agroecological Association of Teresópolis, based on the following pillars: environmental, social, cultural and economic. The methodology applied was a case study, including visits to agricultural production units for analysis of the production context and interviews with members through semi-structured questionnaires. The results allow us to state that organic agriculture in Teresópolis (RJ) is configured as an individual will inserted in a collective process, without financial support, presence or encouragement from the government.

Author Biographies

Deise Keller Cavalcante, UFRRJ
Doutora em Ciências Ambientais e Florestais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professora permanente da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. RJ, Brasil.
Acacio Geraldo de Carvalho , Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1978), graduação em Licenciado em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Proteção Florestal pela Universidade de São Paulo (1985), e doutorado em Proteção Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1992). Professor Titular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro no Instituto de Florestas, e professor orientador de mestrado e doutorado no programa de pós graduação em Ciências Ambientais e Florestais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Renato Linhares de Assis, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1984), mestrado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1993), e doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), junto ao Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia, atuando no Núcleo de Pesquisa e Treinamento para Agricultores da Região Serrana Fluminense, e professor do programa de mestrado de Agricultura Orgânica - associação entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e a Embrapa Agrobiologia, bem como do programa de doutorado binacional em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária - parceria entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e a Universidad Nacional de Rio Cuarto na Argentina.
Eliane Maria Ribeiro da Silva, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1978), doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1990), e pós doutorado na University of Guelph no Canadá. Graduação em Direito pela Universidade Estácio de Sá (2011). Pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Agrobiologia, e professora orientadora de mestrado e doutorado no programa de pós graduação em Ciências Ambientais e Florestais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

References

ABRAMOVAY, R. (2012). Muito além da economia verde. São Paulo, SP: Editora Abril.
ABREU, L. S. de e WATANABE, M. A. (2016). Agricultores familiares do sul da Amazônia: desafios e estratégias para inovação agroecológica de sistemas de produção. Pombal: Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.11, n.5, pp.114-122.
ALVES, J., FIGUEIREDO, A. M. R., BOUNJOUR, P. D. S. C. M. e GOMES, M. B. (2009). A agricultura familiar em Mato Grosso. Cuiabá, MT: Revista Eletrônica Documento e Monumento, v.1, pp.69-86.
ANTONIO, G. J. Y., ASSIS, R. L. de e AQUINO, A. M. de. (2020). Vulnerabilidades e perspectivas da agricultura familiar frente à pandemia de COVID-19: experiências nos ambientes de montanha da Região serrana Fluminense. Porto Alegre, RS: Revista Brasileira de Agroecologia, v15, n.4, pp. 101-113.
ASSIS, R. L. de e ROMEIRO, A. R. (2002). Agroecologia e Agricultura: controvérsias e tendências. Curitiba, PR: Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 6, p.67-80.
BARROS, R. C. (2011). Sustentabilidade na Agricultura e Geografia Agrária: O Contexto da Agricultura Orgânica no Rio de Janeiro. Espaço Aberto, Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia. PPGG - UFRJ, v. 1, n.1, pp. 63-87.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2019). Sistema Participativo de Garantia. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/regularizacao-da-producao-organica. Acesso em: 20 nov. 2021.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2020). Regularização de Produção Orgânica. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial/desenvolvimento-sustentavel/organicos/regularizacao-producao-organica/sistemas-participativos-rpo. Acesso em: 20 out. 2021.
CANUTO, J. C. (2017). Agroecologia: princípios e estratégias para o desenho de agroecossistemas sustentáveis. Santa Cruz do Sul: Redes, v.22, n.2, p.137-151.
CAPORAL, F. R.; PETERSEN, P. (2012). Agroecologia e políticas públicas na América Latina: o caso do Brasil. Murcia: Agroecología, v.6, p.63-74.
_________, F. R. (2009). Agroecologia: uma nova ciência para apoiar a transição a agriculturas mais sustentáveis. Brasília: MDA/SAF, v.1. 30 p.
_________, F. R.; COSTABEBER, J. A. (2004). Agroecologia: alguns conceitos e princípios. Brasília: MDA/SAF/DATER-IICA, 24 p.
CARMO, M. S. do. (2008) Agroecologia: novos caminhos para a agricultura familiar. Revista Tecnologia & Inovação Agropecuária. São Paulo.
CERQUEIRA, H. de S., ASSIS, R. L. de, ALMEIDA, L. H. M. de., GUERRA, J. G. M. e AQUINO, A. M. de. (2018). Estratégias agroecológicas para a segurança alimentar em ambientes de montanha em Teresópolis-RJ (Brasil). Sinop: Nativa, v.6, p.654-659.
Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. (1991). Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: FGV, 430 p.
DAROLT, M.R., LAMINE, C., BRANDENBURG A., ALENCAR, M. de C. F. e ABREU, L. S. (2016). Alternative food networks and new producer-consumer relations in France and in Brazil. São Paulo: Ambiente & Sociedade, v.19, n.2, p.1-22.
DURSTON, J. (2000). ¿Qué és el capital social comunitario? Santiago de Chile: CEPAL, 44p.
_______, J. (1999). Construyendo capital social comunitario. Santiago de Chile: Revista de la CEPAL v.69, p.103-118.
GUZMÁN, E. S. (2009). La agroecologia como estrategia metodológica de transformación social. In: Agroecología Y Gestión de Ambientes Rurales.
________, E. S. (2011). Sobre los orígenes da la agroecología en el pensamiento marxista y libertario. La Paz, Bolívia: AGRUCO/Plural Editores/CDE/NCCR.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2006. Rio de Janeiro, 2006.
IFOAM. International Foundation for Organic Agriculture. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2021.
LAGE, M. F. R.; ASSIS, R. L. de e AQUINO, A. M. de. (2020). Diagnóstico das feiras de produtos orgânicos e seus consumidores em Belo Horizonte. Brasília: Cadernos de Ciência & Tecnologia, v.37, n.1, p.1-16.
MARAFON, G. J.; RIBEIRO, M. A. (2017). Revisitando o território fluminense. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2017. 370 p.
OLIVEIRA, A. U. de. (2001). A Longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais, conflitos e reforma agrária. São Paulo: Estudos Avançados, v.15, n.43, p.185-206.
MELO, D. M. de; REIS, E. F. dos; RODRIGUES, G. T.; COARACY, T. do N.; SILVA, W. A. O. da; e ARAÚJO, A. E. (2019). Etnopedologia na qualidade de solos de agroecossistemas em transição agroecológica. Lavras: Revista Craibeiras de Agroecologia, v.4, n.1, p.e7738.
PIRES, E. L. S. (2016). Território, governança e desenvolvimento: questões fundamentais. Presidente Prudente: Caderno Prudentino de Geografia, v.38, n.2, p.24-49.
SCHNEIDER, S. (203). Teoria social, agricultura familiar e pluriatividade. São Paulo: Revista Brasileira de Ciências Sociais. v.18, n.51, p.99-122.
UN. (2015). The millennium development goals report. New York: United Nations.
VARGAS, Y. T. (2002). Os neo-rurais: capital humano estratégico de mudanças. Dissertação (Mestrado em Administração). Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Fundação Getúlio Vargas - FGV, Rio de Janeiro, 132p.
VEIGA, J. E. da. (2003). A agricultura no mundo moderno: diagnóstico e perspectivas. In: TRIGUEIRO, A (Org.). Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, p.199-213.
VILELA, G. F., MANGABEIRA, J. A. de C., MAGALHÃES, L. A. e TÔSTO, S. G. (2019). Agricultura orgânica no Brasil: um estudo sobre o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. Campinas: Embrapa Territorial. 20 p.
YIN, R. K. (2001). Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 205p.
Published
2024-07-05
Section
Environment