Qualidade fisiológica de sementes de Moringa oleifera Lamarck submetidas a águas residuárias

Autores/as

  • Maria Luíza de Souza Medeiros Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Andréa Celina Ferreira Demartelaer Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Wanessa Soares de Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
  • Guilherme Vinícius Gonçalves de Pádua Universidade Federal da Paraíba - UFPB https://orcid.org/0000-0001-6616-724X
  • Patrícia Clemente Abraão Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
  • Joyce Naiara da Silva Universidade Federal da Paraíba - UFPB http://orcid.org/0000-0002-3260-8745

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2023v16n2e10112

Palabras clave:

Esgoto, Reuso de água, Emergência

Resumen

A Moringa oleifera apresenta alto potencial em face a sua rusticidade e multiplicidade agrícola. Estudos utilizando água de esgoto no cultivo de espécies vem se destacando nos últimos anos, pois, além de ser uma alternativa sustentável, traz benefícios econômicos, sociais e ambientais para agricultura. Assim, o trabalho objetivou avaliar a qualidade fisiológica em sementes de moringa utilizando água residuária. O delineamento utilizado foi o DIC, com cinco tratamentos: T1 – 100% de água de abastecimento, T2 – 25% de água residuária + 75% de água de abastecimento, T3 – 50% de água residuária + 50% de água de abastecimento, T4 – 75% de água de residuária + 25% de água de abastecimento e T5 - 100% água de residuária, com quatro repetições de 50 sementes e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P ? 0,05). As variáveis analisadas foram: altura de plântula (cm), número de folhas, área foliar (cm2), diâmetro do coleto (mm), comprimento de raiz (cm) e massa seca de plântula (g). Os tratamentos apresentaram diferenças significativas, com os tratamentos 100% água de abastecimento e 25% água residuária + 75% água de abastecimento apresentando resultados superiores em relação aos demais. As sementes de moringa apresentaram alta qualidade fisiológica quando utilizou-se a lâmina de irrigação com 25% de água residuária + 75% de água de abastecimento.

Biografía del autor/a

Maria Luíza de Souza Medeiros, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil.

Andréa Celina Ferreira Demartelaer, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil.

Wanessa Soares de Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Bióloga da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte e professora da pós-graduação em Manejo Sustentável do Semiárido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal (RN), Brasil.

Guilherme Vinícius Gonçalves de Pádua, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutorando no Programa de Pós-graduação em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil.

Patrícia Clemente Abraão, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Mestranda na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Brasil.

Joyce Naiara da Silva, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutoranda em Agronomia pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa (PB), Brasil.

Citas

AGUSTINI, M. A. B.; WENDT, L.; PAULUS, C.; MALAVASI, M. M. Maturidade fisiológica de sementes de Moringa oleífera (LAM). Revista Inova Ciência & Tecnologia, v. 1, n. 1, p. 11-17, 2015.

AGUSTINI, M. A. B.; WENDT, L.; PAULUS, C.; MALAVASI, M. M.; GUSATTO, F. C. Maturidade fisiológica de sementes de Moringa oleifera (Lam). Revista cultivando o saber, v. 8, n. 3, p. 267-278, 2013.

ALVES, R. C.; NASCIMENTO, M. L.; CAVALCANTE, J. S. J.; LINHARES, P. S. F.; FERREIRA NETO, M.; OLIVEIRA, M. K. T. Produção de mudas de tomate submetido à água residuária. Cadernos de Agroecologia, v. 6, n. 2, 2011.

BARRETO, M. B.; FREITAS, J. V. B.; SILVEIRA, E. R.; BEZERRA, A. M. E.; NUNES, E. P.; GRAMOSA, N. V. Constituintes químicos voláteis e não-voláteis de Moringa oleifera Lam. Moringaceae. Revista Brasileira de Farmacognosia Brazilian Journal of Pharmacognosy, v. 19, n. 4, p. 893-897, 2019.

BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas: noções básicas. Jaboticabal: FUNEP, 1988. 42p.

BEWLEY, J. D.; BRADFORD, K. J.; HILHORST, H. W. M.; NONOGAKI, H. Seeds: physiology of development, germination and dormancy. Springer: New York, ed.3, 2013. 392p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para Análise de Sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399p.

CALDEIRA, M. V.; DELARMELINA, W. M.; PERONI, L.; GONÇALVES, E. O.; SILVA, A. G. Lodo de esgoto e vermiculita na produção de mudas de eucalipto. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 43, n. 2, p. 155-163, 2013.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed. Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590p.

CASTRO, A. C. R. Deficiência de macronutrientes em helicônia 'Golden Torch'. 2017. 50f. Dissertação (Mestrado em Agronomia0 - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.

COLOMBO, L. G. E. Avaliação da microbiota nitrificante na etapa de partida de biofiltro aerado submerso (BAS) multi-estágio, como pós-tratamento de efluente de reator anaeróbico alimentado com mistura de lixiviação de aterro sanitário e esgoto doméstico. 2010. 91f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo.

EMBRAPA. Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira. Brasília: EMBRAPA, 2018. 212p.

FERREIRA, D. F. Sisvar: A computer statistical analysis system for windows version 5.6. Ciência Agrotecnologia, v. 38, n. 2, p. 109-112, 2017.

GUEDES, R. S.; ALVES, E. U.; MELO, P. A. F. L.; MOURA, S. S. S.; SILVA, R. S. Storage os Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau seeds in diferents packaging and temperatures. Revista Brasileira de Sementes. v. 34, n. 33, p. 433-440, 2012.

HARUVY, N. Agricultural reuse of wastewater: nation-wide cost-benefit analysis. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 66, p. 133-119, 1997.

KÖPPEN, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. 1928. Wall-map 150cmx200cm.

KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 2019. 218p.

MORTON, J. F. The horsedish tree Moringa pterygosperma (Moringaceae): a boom to arid lands? Economic Botany, v. 45, n. 3, p. 318-333, 1991.

MUNIZZI, A.; BRACCINI, A. L.; RANGEL, M. A. S.; SCAPIM, C. A.; BARBOSA, M. C.; ALBRECHT, L. P. Qualidade de sementes de quatro cultivares de soja, colhidas em dois locais no estado de Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Sementes, v. 32, n. 1, p. 176-185, 2019.

NAIFF, A. P. M. Crescimento, Composição mineral e sintomas visuais de deficiências de macronutrientes em plantas de Alpinia Purpurata Cv. Jungle King. 2007. 77f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém.

NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999, p. 2.1-2.24.

NISHI, L.; MADRONA, G. S.; VIEIRA, A. M. S.; BASSETTI, F. J.; SILVA, G. F.; BERGAMASCO, R. Coagulação/Floculação com Sementes de Moringa oleifera Lam para Remoção de Cistos de Giardia spp. e Oocistos de Cryptosporidium spp. da água. 3 rd International Workshop | Advances in Cleaner Production, p. 1-9, 2011.

NORONHA, B. G. Qualidade fisiológica de sementes de Moringa oleifera Lam. por meio da análise de imagens. 2014. 54f. Dissertação. (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Macaíba.

PEREIRA, K. T. O.; SANTOS. B. R. V.; BENEDITO, C. P.; LOPES, E. G.; AQUINO, G. S. M. Germinação e vigor de sementes de Moringa oleifera Lam. em diferentes substratos e temperaturas. Revista Caatinga, v. 28, n. 2, p. 92-99, 2015.

REBOUÇAS, J. R. L.; DIAS, N. S.; GONZAGA, M. I. S.; GHEYI, H. R.; SOUSA NETO, O. N. Crescimento do feijão-caupi irrigado com água residuária de esgoto doméstico tratado. Revista Caatinga, v. 23, n. 1, p. 97-102, 2010.

SCHAER-BARBOSA, M.; SANTOS, M. E. P.; MEDEIROS, Y. D. P. Viabilidade do reúso de água como elemento mitigador dos efeitos da seca no semiárido da Bahia. Ambiente & sociedade, v. 27, n. 2, p. 17-32, 2014.

SCHUMACHER, M. V.; CECONI, D. E.; SANTANA, C. A. Influência de diferentes doses de fósforo no crescimento das plantas de Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert. Boletim de Pesquisa Florestal. Colombo, n. 47, p. 99-114, 2013.

SILVA, R. F.; SAIDELLES, F. L. F.; KE, MERICH, P. D. C.; STEFFEN, R. B.; SWAROWSKY, A.; SILVA, A. S. Crescimento e qualidade de mudas de Timbó e Dedaleiro cultivadas em solo contaminado por cobre. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 8, p. 881-886, 2012.

SOFIATTI, V.; LIMA, R. L. S.; GOLFARB, M.; BELTRÃO, N. E. M. Cinza de madeira e lodo de esgoto como fonte de nutrientes para o crescimento do algodoeiro. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 7, n. 1, p. 144-152, 2007.

SOUZA, R. M.; NOBRE, R. G.; GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; SOARES, F. A. L. Utilização de água residuária e de adubação orgânica no cultivo do girassol. Revista Caatinga, v. 23, p. 125-133, 2010.

TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I. M.; MURPHY, A. Fisiologia e Desenvolvimento Vegetal. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 858p.

VELÁZQUEZ-ZAVALA, M.; PEÓN-ESCALANTE, I. E.; ZEPEDA-BAUTISTA, R.; JIMÉNEZ-ARELLANES, M. A. Moringa (Moringa oleifera Lam.): potential uses in agriculture, industry and medicine. Revista Chapingo Serie Horticultura, v. 23, n. 2, p. 95-116, 2016.

XAVIER, J. F. Águas residuárias provenientes de indústrias e seus efeitos no crescimento e desenvolvimento da mamoneira BRS Nordestina. 2007. 101f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2007.

Publicado

2023-06-30

Cómo citar

Medeiros, M. L. de S. ., Demartelaer, A. C. F. ., Lima, W. S. de ., Pádua, G. V. G. de ., Abraão, P. C. ., & Silva, J. N. da. (2023). Qualidade fisiológica de sementes de Moringa oleifera Lamarck submetidas a águas residuárias. Revista Em Agronegócio E Meio Ambiente, 16(2), 1–13. https://doi.org/10.17765/2176-9168.2023v16n2e10112

Número

Sección

Meio Ambiente