Germinação e vigor de sementes de Mimosa tenuiflora após o armazenamento

  • Joyce Naiara da Silva Universidade Federal da Paraíba - UFPB http://orcid.org/0000-0002-3260-8745
  • Monalisa Alves Diniz da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
  • Débora Purcina de Moura Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada
  • Marília Batista Silva Rodrigues Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Rafael Mateus Alves Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP
  • Elania Freire da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Palavras-chave: Desempenho fisiológico, Dormência, Jurema preta

Resumo

A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil em que cerca de 80% da sua área já foi modificada. Dessa forma há a necessidade de cada vez mais estudar as espécies vegetais que tenham potencial para a regeneração dessas áreas degradadas. Objetivou-se acompanhar o desempenho fisiológico de sementes de Mimosa tenuiflora, submetidas a tratamentos de superação de dormência após diferentes períodos e condições de armazenamento. Empregou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos pré-germinativos de superação de dormência (testemunha, imersão em ácido sulfúrico por 10 e 13 min. e imersão em soda cáustica 20% por 30 min.), após quatro períodos de armazenamento (0; 50; 100; e 150 dias) em ambiente com e sem refrigeração, adotando-se um esquema fatorial 4 x 4 x 2. Determinou-se antes e após cada período de armazenamento as seguintes avaliações: teor de água, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de germinação, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de emergência, comprimento da parte aérea e do sistema radicular e condutividade elétrica das sementes. A utilização do ácido sulfúrico foi eficiente na superação da dormência das sementes de M. tenuiflora, mantendo os valores máximos ao longo dos períodos de armazenamento. A utilização da soda cáustica por 30 min. só é recomendada no início do armazenamento, sendo que a partir de 50 dias há redução do potencial fisiológico das sementes.

Biografia do Autor

Joyce Naiara da Silva, Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências Agrárias (CCA), Areia (PB), Brasil.
Monalisa Alves Diniz da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Departamento de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), Serra Talhada (PE), Brasil
Débora Purcina de Moura, Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada
.Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), Serra Talhada (PE), Brasil.
Marília Batista Silva Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências Agrárias (CCA), Areia (PB), Brasil.
Rafael Mateus Alves, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP), Piracicaba (SP), Brasil.
Elania Freire da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil.

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Publicado
2022-09-27
Seção
Agronegócio