Germinação e vigor de sementes de Mimosa tenuiflora após o armazenamento

Autores/as

  • Joyce Naiara da Silva Universidade Federal da Paraíba - UFPB http://orcid.org/0000-0002-3260-8745
  • Monalisa Alves Diniz da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
  • Débora Purcina de Moura Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada
  • Marília Batista Silva Rodrigues Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Rafael Mateus Alves Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP
  • Elania Freire da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n4e9878

Palabras clave:

Desempenho fisiológico, Dormência, Jurema preta

Resumen

A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil em que cerca de 80% da sua área já foi modificada. Dessa forma há a necessidade de cada vez mais estudar as espécies vegetais que tenham potencial para a regeneração dessas áreas degradadas. Objetivou-se acompanhar o desempenho fisiológico de sementes de Mimosa tenuiflora, submetidas a tratamentos de superação de dormência após diferentes períodos e condições de armazenamento. Empregou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos pré-germinativos de superação de dormência (testemunha, imersão em ácido sulfúrico por 10 e 13 min. e imersão em soda cáustica 20% por 30 min.), após quatro períodos de armazenamento (0; 50; 100; e 150 dias) em ambiente com e sem refrigeração, adotando-se um esquema fatorial 4 x 4 x 2. Determinou-se antes e após cada período de armazenamento as seguintes avaliações: teor de água, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de germinação, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de emergência, comprimento da parte aérea e do sistema radicular e condutividade elétrica das sementes. A utilização do ácido sulfúrico foi eficiente na superação da dormência das sementes de M. tenuiflora, mantendo os valores máximos ao longo dos períodos de armazenamento. A utilização da soda cáustica por 30 min. só é recomendada no início do armazenamento, sendo que a partir de 50 dias há redução do potencial fisiológico das sementes.

Biografía del autor/a

Joyce Naiara da Silva, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências Agrárias (CCA), Areia (PB), Brasil.

Monalisa Alves Diniz da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada

Departamento de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), Serra Talhada (PE), Brasil

Débora Purcina de Moura, Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada

.Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), Serra Talhada (PE), Brasil.

Marília Batista Silva Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências Agrárias (CCA), Areia (PB), Brasil.

Rafael Mateus Alves, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - USP

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP), Piracicaba (SP), Brasil.

Elania Freire da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada

Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró (RN), Brasil.

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Publicado

2022-09-27

Cómo citar

Silva, J. N. da, Silva, M. A. D. da ., Moura, D. P. de ., Rodrigues, M. B. S. ., Alves, R. M. ., & Silva, E. F. da . (2022). Germinação e vigor de sementes de Mimosa tenuiflora após o armazenamento. Revista Em Agronegócio E Meio Ambiente, 15(4), 1–13. https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n4e9878

Número

Sección

Agronegócio