Qualidade fisiológica de sementes de Moringa oleifera Lamarck submetidas a águas residuárias
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2023v16n2e10112Palavras-chave:
Esgoto, Reuso de água, EmergênciaResumo
A Moringa oleifera apresenta alto potencial em face a sua rusticidade e multiplicidade agrícola. Estudos utilizando água de esgoto no cultivo de espécies vem se destacando nos últimos anos, pois, além de ser uma alternativa sustentável, traz benefícios econômicos, sociais e ambientais para agricultura. Assim, o trabalho objetivou avaliar a qualidade fisiológica em sementes de moringa utilizando água residuária. O delineamento utilizado foi o DIC, com cinco tratamentos: T1 – 100% de água de abastecimento, T2 – 25% de água residuária + 75% de água de abastecimento, T3 – 50% de água residuária + 50% de água de abastecimento, T4 – 75% de água de residuária + 25% de água de abastecimento e T5 - 100% água de residuária, com quatro repetições de 50 sementes e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P ? 0,05). As variáveis analisadas foram: altura de plântula (cm), número de folhas, área foliar (cm2), diâmetro do coleto (mm), comprimento de raiz (cm) e massa seca de plântula (g). Os tratamentos apresentaram diferenças significativas, com os tratamentos 100% água de abastecimento e 25% água residuária + 75% água de abastecimento apresentando resultados superiores em relação aos demais. As sementes de moringa apresentaram alta qualidade fisiológica quando utilizou-se a lâmina de irrigação com 25% de água residuária + 75% de água de abastecimento.Referências
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