Utilização de refratômetro para determinação da maturação de uvas viníferas de pequenas propriedades familiares
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2024v17n.Especial.e12212Palabras clave:
Agricultura familiar; Brix; Refratômetro portátil; Sólidos solúveis totais.Resumen
Para obtenção de vinhos de alta qualidade é necessário que as uvas sejam colhidas com características ideais relacionadas à sua maturação físico-química, geralmente medida pelo teor de sólidos solúveis totais (SST, ºBrix), realizado a campo com refratômetro de bolso, porém ainda pouco utilizado em pequenas propriedades no Brasil. Assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar a maturação em ºBrix de uvas da espécie Vitis vinifera L. de seis variedades tintas e seis brancas produzidas em propriedades familiares de cinco localidades na região do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul: Erechim, Linha América e Linha São Braz, Barão de Cotegipe, e Itatiba do Sul, utilizando o refratômetro de bolso. O maior teor de SST (22,75 ºBrix) foi obtido para a cultivar Sangiovese em Barão de Cotegipe, e o menor para a cultivar Barbera em Itatiba do Sul (14,40 ºBrix) e, em relação às uvas brancas, o maior ºBrix (20,44) foi obtido com a cultivar Moscato Bianco em Barão de Cotegipe e o menor com a cultivar Cortese (14,43) na localidade de Linha São Braz. As diferenças observadas podem ser atribuídas a fatores de ordem genética e/ou às condições edafoclimáticas. Em Erechim se obteve ºBrix mais adequado para a vinificação (18-20 ºBrix) para a maioria das cultivares avaliadas. Portanto, o refratômetro portátil se mostrou uma ferramenta útil e acessível para que os pequenos produtores familiares de uvas viníferas identifiquem o momento ideal de colheita e, assim, maximizem seus rendimentos de produção.
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