Monóxido de Carbono: Uma Nova Molécula de Sinalização Celular

  • Rosângela Zampieri Pina Universidade Estadual de Maringá – UEM
  • Maria Montserrat Diaz Pedrosa Furlan Universidade Estadual de Maringá – UEM
Palavras-chave: Monóxido de Carbono, Sinalização Celular, Heme-oxigenase.

Resumo

A sinalização celular consiste em um sistema de proteínas e outros componentes cuja finalidade é transmitir informações, influenciar as atividades das células e dar harmonia funcional a grupos celulares. Dois elementos são essenciais para essa comunicação entre células. Um é chamado de ligante; é a molécula que uma célula libera e que vai agir sobre outras células. O outro é o receptor, que interage com o ligante e desencadeia seus efeitos sobre uma célula. Nesse contexto o monóxido de carbono (CO), mais conhecido por sua propriedade tóxica, se insere como um novo sinalizador celular. Assim, uma nova faceta desse gás tem sido revelada nesses últimos anos. O CO exerce uma série de ações fisiológicas, desencadeadas a partir de sua produção endógena pela enzima heme-oxigenase. Os efeitos protetores do CO foram mostrados no transplante de órgãos, na doença pulmonar inflamatória; na hepatite, na lesão de órgãos por isquemia/reperfusão e na lesão vascular. Essas investigações representam uma evolução nos estudos sobre o CO, demonstrando que o mesmo pode conferir efeitos de citoproteção em modelos in vitro e in vivo. A variedade de ações atribuídas ao CO tem feito dele alvo de pesquisa dos cientistas, contudo não há um panorama geral sobre o significado real das suas funções biológicas, bem como das interações do CO com outros sinalizadores celulares. O objetivo dessa revisão é identificar os processos orgânicos em que a participação do CO foi sugerida ou comprovada, bem como indicar suas possíveis aplicações terapêuticas, devidas, principalmente, às suas propriedades antiinflamatórias, antiapoptóticas e antiproliferativas.

Biografia do Autor

Rosângela Zampieri Pina, Universidade Estadual de Maringá – UEM
Enfermeira e Especialista em Fisiologia Humana pela Universidade Estadual de Maringá – UEM. E-mail: zampieripina@gmail.com
Maria Montserrat Diaz Pedrosa Furlan, Universidade Estadual de Maringá – UEM
Docente Adjunta do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Estadual de Maringá – UEM. E-mail: mmdpfurlan@uem.br
Publicado
2010-04-26
Seção
Artigos de Revisão