O período do dia não influencia o desempenho físico de homens praticantes de treinamento com pesos

  • Lucas Fuverki Hey Universidade Estadual de Maringá (UEM) http://orcid.org/0000-0001-8376-1611
  • Dayane Cristina de Souza Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Pollyana Mayara Nunhes
  • Kauana Borges Marchini
  • Michele Caroline Trindade
  • Ademar Avelar
Palavras-chave: Fenômenos Cronobiológicos, Ritmo Circadiano, Exercício Físico.

Resumo

O objetivo deste estudo é avaliar o desempenho de praticantes de treinamento com pesos em diferentes períodos do dia. A amostra foi composta por 10 homens treinados (24,4 ± 2,7anos, 80,6 ± 12,7 kg, 180,0 ± 10,8 cm), submetidos ao teste de uma repetição máxima (1RM) para determinação de carga máxima, no exercício supino no banco horizontal. Em seguida, três encontros foram destinados para realização do teste de resistência de força a 80% de 1RM, realizados em diferentes períodos do dia, de maneira aleatória. A análise de variância (ANOVA one-way) foi utilizada para verificar as médias dos grupos nos períodos distintos. Não foram encontradas diferenças no desempenho, independente do horário do dia, manhã (25 ± 4 repetições), tarde (26 ± 7 repetições) e noite (26 ± 7 repetições) em relação ao desempenho obtido (P > 0,05). Assim, sugere-se que o período do dia não influencia o desempenho da força e fadiga de indivíduos jovens treinados.

Biografia do Autor

Lucas Fuverki Hey, Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Departamento de Educação Física. Desempenho Humano e Atividade Física. Atividade Física relacionada a Saúde
Dayane Cristina de Souza, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Doutora em Educação Física. Docente Colaborador da Universidade Estadual do Oeste do Paraná , Brasil.
Pollyana Mayara Nunhes
Graduação em Educação Física, Brasil.
Kauana Borges Marchini
Graduação em Educação Física, Brasil.
Michele Caroline Trindade
Doutora em Ciências dos Alimentos. Docente adjunto da Universidade Estadual de Maringá , Brasil.
Ademar Avelar
Doutor em Educação Física. Docente Adjunto D da Universidade Estadual de Maringá, Brasil.

Referências

- de Liz CM, Andrade A. Análise qualitativa dos motivos de adesão e desistência da musculação em academias. Rev Bras Cienc Esporte, v. 38, n. 3, p. 267-274, 2016.

- Dias RMR, Cyrino ES, Salvador EP, Nakamura FY, Pina FLC, Oliveira AD, et al. Impacto de oito semanas de treinamento com pesos sobre a força muscular de homens e mulheres. Rev Bras Med Esporte, v. 11, n. 4, p. 224-8, 2005.

- Minati A, de Santana MG, de Mello MT. A influência dos ritmos circadianos no desempenho físico. Rev Bras Cien e Mov, v. 14, n. 1, p. 75-86, 2008.

- Sawaya AL, Leandro CG, Waitzberg DL. Fisiologia da Nutrição na Saúde e na Doença–Da Biologia Molecular ao Tratamento. São Paulo: Atheneu, 2013.

- WEINECK J. Biologia do esporte. 7. ed. Barueri, SP: Manole. 2005.

- Guette M, Gondin J, Martin A. Morning to evening changes in the electrical and mechanical properties of human soleus motor units activated by H reflex and M wave. Eur J Appl Physiol, v. 95, n. 4, p. 377-381, 2005.

- Sedliak M, Haverinen M, Häkkinen K. Muscle strength, resting muscle tone and EMG activation in untrained men: interaction effect of time of day and test order-related confounding factors. J Sport Med Phys Fit, v. 51, n. 4, p. 560-570, 2011.

- Giacomoni, M., Billaut, F., & Falgairette, G. Effects of the time of day on repeated all-out cycle performance and short-term recovery patterns. Int J Sports Med, v. 27, n. 06, p. 468-474, 2006.

- Sedliak M, Finni T, Peltonen J, Häkkinen, K. Effect of time-of-day-specific strength training on maximum strength and EMG activity of the leg extensors in men. J Sports Sci, v. 26, n. 10, p. 1005-1014, 2008.

- Hoeger WW, Hopkins DR, Barette SL, Hale DF. Relationship between repetitions and selected percentages of one repetition maximum: a comparison between untrained and trained males and females. J Strength Cond Res, v. 4, n. 2, p. 47-54, 1990.

- Shimano T, Kraemer WJ, Spiering BA, Volek JS, Hatfield DL, Silvestre R, et al. Relationship between the number of repetitions and selected percentages of one repetition maximum in free weight exercises in trained and untrained men. J Strength Cond Res, v. 20, n. 4, p. 819-823, 2006.

- Dias RMR, Avelar A, Salvador EP, Cyrino ES. Influence of previous experience on resistance training on reliability of one-repetition maximum test. J Strength Cond Res, v. 25, n. 5, p. 1418-1422, 2011.

- Pereira MIR, Gomes PSC, Bhambhani Y. Número máximo de repetições em exercícios isotônicos: influência da carga, velocidade e intervalo de recuperação entre séries. Rev Bras Med Esporte, v. 13, n. 5, p. 287-291, 2007.

- Robertson RJ, Goss FL, Rutkowski J, Lenz B, Dixon C, Timmer J, et al. Concurrent validation of the OMNI perceived exertion scale for resistance exercise. Med Sci Sports Exerc, v. 35, n. 2, p. 333-341, 2003.

- Chtourou H, Driss T, Souissi S, Gam A, Chaouachi A, Souissi N. The effect of strength training at the same time of the day on the diurnal fluctuations of muscular anaerobic performances. J Strength Cond Res, v. 26, n. 1, p. 217-225, 2012.

- Küüsmaa M, Sedliak M, Häkkinen K. Effects of time-of-day on neuromuscular function in untrained men: Specific responses of high morning performers and high evening performers. Chronobiol Int, v. 32, n. 8, p. 1115-1124, 2015.

- Teo W, Newton MJ, McGuigan MR. Circadian rhythms in exercise performance: implications for hormonal and muscular adaptation. J Sports Sci Med, v. 10, n. 4, p. 600, 2011.

- de Oliveira Pedroso C, Saldanha RP, da Silva ER. Análise da produção máxima de força muscular em 24 horas: efeitos circadianos. Saúde e Desenvolvimento Humano, v. 1, n. 1, p. 39-47, 2013.

- Reilly T, Garrett R. Investigation of diurnal variation in sustained exercise performance. Appl Ergon, v. 41, n. 8, p. 1085-1094, 1998.

- Cruz R, da Silva SF. Indicadores de parâmetros de controle de treinamento e ciclo circadiano. ACTA Brasileira do Movimento Humano, v. 1, n. 1, p. 33-41, 2011.

- Nicolas A, Gauthier A, Trouillet J, Davenne D The influence of circadian rhythm during a sustained submaximal exercise and on recovery process. J Electromyogr Kinesiol , v. 18, n. 2, p. 284-290, 2008.

- Melhim AF. Investigation of circadian rhythms in peak power and mean power of female physical education students. Int J Sports Med, v. 14, n. 06, p. 303-306, 1993.

- Salvador EP, Cyrino ES, Gurjão ALD, Dias RMR, Nakamura FY, Oliveira ARD. Comparação entre o desempenho motor de homens e mulheres em séries múltiplas de exercícios com pesos. Rev Bras Med Esporte, v. 11, n. 5, p. 257-61, 2005.

- Cronin JB, Henderson ME. Maximal strength and power assessment in novice weight trainers. J Strength Cond Res, v. 18, n. 1, p. 48-52, 2004.

- Folland JP, Williams AG. Morphological and neurological contributions to increased strength. Sports medicine, v. 37, n. 2, p. 145-168, 2007.

- Pereira, R., Machado, M., Ribeiro, W., Russo, A. K., de Paula, A., & Lazo-Osorio, R. A. Variation of explosive force at different times of day. Biol Sport, v. 28, n. 1, 2011.

- da Silva AL, Miranda GDF, Liberali R. A influência dos carboidratos antes, durante e após-treinos de alta intensidade. RBNE, v. 2, n. 10, 2012.

- Moura JAR, Peripolli J, Zinn JL. Comportamento da percepção subjetiva de esforço em função da força dinâmica submáxima em exercícios resistidos com pesos. RBPFEX, v. 2, n. 2, p. 110-22, 2003.

Publicado
2020-03-02
Seção
Artigos Originais