Representações sociais dos profissionais de saúde sobre HIV/AIDS: comparação entre homens e mulheres

Palavras-chave: Aids, HIV, Identidade de gênero, Profissional de saúde

Resumo

O estudo objetivou analisar as representações sociais do HIV/Aids sob uma perspectiva de gênero. Estudo descritivo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, utilizando a abordagem estrutural. Foi desenvolvido com 214 profissionais de saúde que atuavam em serviços de referência nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói. Aplicaram-se um questionário de caracterização dos participantes e outro para a coleta das evocações livres ao termo indutor “HIV/Aids”. Os dados foram analisados com o auxílio dos softwares SPSS, para caracterização estatística do grupo, e EVOC 2005, para análise prototípica das representações sociais. Os resultados apontam divergências nas representações do HIV/Aids entre os sexos; maior positividade geral, com elementos do universo reificado e significados associados ao enfrentamento da doença no sexo masculino; e uma tendência mais negativa e acompanhada de elementos de permanência das representações originais do HIV/Aids, com elementos afetivos na representação do grupo do sexo feminino. Conclui-se que não se pode afirmar a existência de representações distintas entre os sexos, mas alguns conteúdos representacionais marcados por uma orientação geral de gênero.

Biografia do Autor

Yndira Yta Machado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Mestre em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista nota 10 FAPERJ. Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Denize Cristina de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutora em Saúde Pública pela USP. Docente no Programa de Pós-graduação em Enfermagem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Eliane Ramos Pereira, Universidade Federal Fluminense - UFF
Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Docente do Programa Pós-Graduação Ciências do Cuidado em Saúde na Universidade Federal Fluminense, Niterói (RJ), Brasil.
Ana Paula Munhen de Pontes , Centro Universitário de Valença
Doutora em Enfermagem pela UERJ. Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão do Hospital Escola de Valença/FAA. Valença (RJ), Brasil.
Antônio Marcos Tosoli Gomes , Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutor em Enfermagem pela UERJ. Docente no Programa de Pós-graduação em Enfermagem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Sergio Corrêa Marques , Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Doutor em Enfermagem pela EEAN/UFRJ. Docente no Programa de Pós-graduação em Enfermagem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Rômulo Frutuoso Antunes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Graduando de Enfermagem. Bolsista de Iniciação Científica do CNPq. Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Referências

Leal NSB, Coelho AEL. Representações sociais da Aids para estudantes de Psicologia. Fractal: Rev. Psicol. 2016; 28(1):9-16.

Thiengo PCS, Gomes AMT, Oliveira DC. As representações do cuidado voltado à pessoa que vive com HIV/Aids para a equipe de saúde. Revista Enfermagem Atual In Derme 2017; 82(20):40-47.

Jodelet D. Representações sociais: um domínio em expansão. In: Jodelet D. (Org.). As representações sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ; 2001. p. 17-44.

Lobo ALSF, Santos P, Aylla A, Pinto LMTR, Rodrigues STC, Barros D, et al. Women social representations in face to HIV diagnosis disclosure. Rev Fund Care Online 2018; 10(2):334-42.

Suto CSS, Marques SC, Oliveira DC, Oliveira JF, Paiva MS. Profissionais de saúde falam mais sobre cuidado e menos sobre Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Cogitare Enfermagem 2017; 22(3).

Nunes SS Jr., Ciosak SI. Terapia Antirretroviral para HIV/AIDS: o estado da arte. Journal of Nursing UFPE On Line 2018; 12(4):1103-11.

Moscovici S. O fenômeno das representações sociais. In: Moscovici S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes; 2003. p. 29-109.

Silva AD. Mãe/mulher atrás das grades: a realidade imposta pelo cárcere à família monoparental feminina [online]. São Paulo: Editora UNESP; 2015. p. 51-100. Disponível em: SciELO Books. Acesso em: 08 abr. 2019.

Costa FM Jr., Couto MT, Maia ACB. Gênero e cuidados em saúde: Concepções de profissionais que atuam no contexto ambulatorial e hospitalar. Sexualidad. Salud y Sociedad (Rio de Janeiro) 2016; (23):97-117.

Abric JC. A abordagem estrutural das representações sociais. In: Moreira ASP, Oliveira DC. (Org.). Estudos Interdisciplinares de Representação Social. 2. ed. Goiânia: AB; 2000. p. 27-64.

Wachelke J, Wolter R, Rodrigues MF. Efeito do tamanho da amostra na análise de evocações para representações sociais. Liberabit. Revista de Psicología 2016; 22(2):153-60.

Oliveira DC, Marques SC, Gomes AMT, Teixeira MCTV. Análise das evocações livres: uma técnica de análise estrutural das representações sociais. In: Paredes AS. Perspectivas teórico-metodológicas em representações sociais. João Pessoa: UFPB; 2005. p. 573-603.

Oliveira, D. C. Construção e transformação das representações sociais da aids e implicações para os cuidados de saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem. Jan./fev. 21 (Spec), 2013.

Gomes AMT, Santos ADS, Marques SC, Nogueira VPF, Paula GS, Costa Vargens OM. Representações sociais da morte para pessoas que vivem com HIV/AIDS. Revista Enfermagem UERJ 2019; 27:e33407.

Machado YY, Nogueira, VPF, Oliveira, DC, Gomes, AMT. Representações sociais de profissionais de saúde sobre HIV/AIDS: uma análise estrutural. Revista Enfermagem UERJ 2016; 24(1):e14463.

Cunha GHD, Fiuza MLT, Gir E, Aquino PDS, Pinheiro AKB, Galvão MTG. Quality of life of men with AIDS and the model of social determinants of health. Rev Latino-am. Enfermagem [Internet] 2015; 23(2):183-91.

Labra O. Social representations of HIV/AIDS in mass media: Some important lessons for caregivers. International Social Work 2015; 58(2):238-48.

Lenzi L, Tonin FS, Souza VRD, Pontarolo R. Suporte Social e HIV: Relações entre características clínicas, sociodemográficas e adesão ao tratamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2018; 34.

Moura AS. Doenças infectocontagiosas na Atenção Básica à Saúde [2016]. Belo Horizonte: UFMG/Nescon, 2017. Disponível em:

<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Modulo>. Acesso em: 12 abr. 2019.

Silva RAR, Silva RTS, Nascimento EGC, Gonçalves OP, Reis MM, Silva BCO. Perfil clínico-epidemiológico de adultos HIV-positivo atendidos em um hospital de Natal/RN. Rev Pesq: Cuid Fundam Online 2016; 8(3):4689-96.

Russo K, Arreguy ME. Projeto “Saúde e Prevenção nas Escolas”: percepções de professores e alunos sobre a distribuição de preservativos masculinos no ambiente escolar. Physis: Revista de Saúde Coletiva [online] 2015; 25(2):501-23.

Korin D. Novas perspectivas de gênero em saúde. Adolesc. Latinoam., Buenos Aires, 2001; 2(2):67-79.

Bezerra EO, Pereira MLD, Maranhão TA, Monteiro PDV, Brito GCB, Chaves ACP, et al. Análise estrutural das representações sociais sobre a Aids entre pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana. Texto & Contexto – enfermagem 2018; 27(2).

Publicado
2020-11-24
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde