Sífilis gestacional e congênita e atenção primária à saúde do Distrito Federal no período de 2012 a 2019: Gestational and congenital syphilis and primary health care in the Federal District from 2012 to 2019

Janaína de Oliveira; Tania Cristina Morais Santa Barbara Rehem; Maria Regina Fernandes de Oliveira

doi:10.17765/2176-9206.2025v18e13118

Autores/as

Janaína de Oliveira Secretaria de Saúde do Distrito Federal https://orcid.org/0000-0002-2773-7446
Tania Cristina Morais Santa Barbara Rehem Universidade de Brasília https://orcid.org/0000-0002-4491-1661
Maria Regina Fernandes de Oliveira Universidade de Brasília https://orcid.org/0000-0002-4995-2526

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9206.2025v18e13118

Palabras clave:

Atenção Primária à Saúde, Estratégia de Saúde da Família, Sífilis, Vigilância em Saúde

Resumen

Objetivo: Descrever as taxas de sífilis gestacional e congênita no Distrito Federal e compreender, na percepção dos profissionais, o papel da Atenção Primária no cuidado às usuárias. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico ecológico descritivo dos casos notificados de sífilis e dos óbitos por sífilis congênita entre 2012 e 2019 e um estudo qualitativo, em 2021, utilizando entrevistas semiestruturadas com profissionais da Atenção Primária. Resultados: Houve aumento na taxa de detecção de sífilis gestacional e da prevalência de sífilis congênita nos anos estudados. A cobertura da estratégia saúde da família elevou-se no período de 2017 a 2018, atingindo mais de 50% de cobertura. A partir da análise de conteúdo, os servidores trouxeram elementos a respeito do Modelo de Vigilância da Sífilis Gestacional e Congênita e da Atenção Primária no Distrito Federal. Conclusão: O estudo destacou as dificuldades e potencialidades para a atenção à sífilis, contribuindo para a qualidade dos serviços.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Janaína de Oliveira, Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Possui graduação em medicina pela Universidade de Brasília (2013). Residência médica em Medicina de Família e Comunidade pelo Grupo Hospitalar Conceição (2016). Mestre em Epidemiologia pela Universidade de Brasília no ano de 2022. Médica de Família e Comunidade em exercício na Secretaria de Saúde do Distrito Federal em cargo de Diretora Regional de Serviços de Atenção Primária - Região Leste.

Tania Cristina Morais Santa Barbara Rehem, Universidade de Brasília

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (1985), especialização em saúde coletiva pela Universidade de Brasília (UnB); mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia - ISC/UFBA (2002), doutorado em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - EE/USP (2011) e pós doutorado na área de avaliação em saúde no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa - IHMT/ULN (2021). Projeto de tese de doutorado sobre Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária, o qual recebeu Prêmio Capes (menção honrosa) em 2012. Desde 2012 é docente vinculada à Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (FCE/UnB), atuando no colegiado de enfermagem como professora associada e pesquisadora do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Faculdade de Saúde (FS/UnB) na área de Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde e Enfermagem. Professora Convidada do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, na área de avaliação em saúde, da Universidade Nova de Lisboa/Portugal. Líder do Grupo de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde: Gestão, Gerência e Cuidado e Coordenadora da Liga Acadêmica em Atenção Primária à Saúde - LAPSaúde.

Maria Regina Fernandes de Oliveira, Universidade de Brasília

Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará - UFPA (1985), mestrado em Medicina Tropical pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília - UnB (1994) e doutorado em Saúde Pública, com área de concentração em Epidemiologia pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - FSP/USP (2009). Projeto de tese de doutorado sobre análise de custo-efetividade de teste rápido para o diagnóstico de malária. No período de 1998 a 2009 foi Coordenadora Geral da Área de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços, inicialmente vinculada ao CENEPI/Funasa e depois à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Desde 2010 é docente vinculada à Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília como professora associada da subárea de epidemiologia da área de Medicina Social e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, na área de concentração Epidemiologia e Controle das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Interesses: Doenças Infecciosas e Parasitárias, com enfoques em adoecimento e morte; diagnóstico; avaliação de tecnologias; e avaliação econômica.

Citas

1. Oliveira GG de, Palmieri IGS, Lima LV de, Pavinati G, Santos VMA dos, Luz KCSI, et al. Detecção de sífilis gestacional e congênita no Paraná, 2007-2021: análise de séries temporais. Epidemiol. serv. saúde [Internet]. 2024 [cited 2024 Aug 19];33.https://doi.org/10.1590/S2237-96222024v33e2024188.pt.

2. Freitas FLS, Benzaken AS, Passos MRL de, Coelho ICB, Miranda AE. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis adquirida. Epidemiol. serv. saúde [Internet]. 2021; 30(spe1). https://doi.org/10.1590/S1679-4974202100004.esp1.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Volume 49. N° 45. [internet] 2018 [acesso em 2024 Fev 23]. Disponível em: https://central.to.gov.br/download/101450.

4. 1.Kachikis A, Schiff MA, Moore KL, Chapple-McGruder T, Arluck J, Hitti J. Risk Factors Associated with Congenital Syphilis, Georgia, 2008-2015. Infect Dis Obstet Gynecol. 2023; (Nov 8):1–8. https://doi.org/10.1155/2023/3958406.eCollection 2023.

5. Brasil. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. [internet] 2019 [acesso em 2024 Fev 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf.

6. Distrito Federal (BR). Plano Distrital de Vigilância e Controle da Sífilis 2021/2024. [internet] 2020 [acesso em 2024 Fev 23]. Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/0/Plano+Integrado+para+Prevenção%2C+Vigilância+e+Controle+da+Sífilis+PLANO_SIFILIS_VERSA_O_FINAL-2020.pdf/53884b6a-ed8e-e2fe-2a33-dec90a20ae3d?t=1683892476699.

7. Distrito Federal (BR). Boletim Epidemiológico Sífilis. Ano 7, nº 01. [internet] 2018 [acesso em 2024 Fev. 23]. Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87308/Boletim-sifilis-2018-revisado-final.pdf/fd5470fa-248e-ded5-a4ce-1ded8c19b3e4?t=1648581670946.

8. Gottems LBD, Almeida MOA, Raggio AMB, Bittencourt RJ. O Sistema Único de Saúde no Distrito Federal, Brasil (1960 a 2018): revisitando a história para planejar o futuro. Ciênc. Saúde Colet. 2019;24(6):1997-2008. https://doi.org/10.1590/1413-81232018246.08522019.

9. Brasil. Ministério da Saúde. e-Gestor AB. [internet] 2021 [acesso em 2024 Fev 23]. Disponível em:https://egestorab.saude.gov.br/paginas/acessoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaConsolidado.xhtml.

10. Distrito Federal (DF). Sala de situação de saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. [internet]. [acesso em 2024 Fev 23]. Disponível em: https://info.saude.df.gov.br/sala-de-situacao/painel-infosaude-nascidos-vivos-no-df/

11. Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.

12. Correa DSRC, Moura AGO M, Quito MV, Souza HM de, Versiani LM, Leuzzi S, et al. Movimentos de reforma do sistema de saúde do Distrito Federal: a conversão do modelo assistencial da Atenção Primária à Saúde. Ciênc. Saúde Colet. 2019;24: 2031- 41. https://doi.org:10.1590/1413-81232018246.08802019

13. Brasil. Ministério da Saúde. Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (PCDT IST) [internet] 2020 [acesso em 2024 Fev 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf.

14. Soares MAS, Aquino R. Associação entre as taxas de incidência de sífilis gestacional e sífilis congênita e a cobertura de pré-natal no Estado da Bahia, Brasil. Cad.saúde pública. 2021;37(7).https://doi.org/10.1590/0102-311X00209520.

15. Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde ? Ministério da Saúde [Internet]. [cited 2024 Oct 26].

Available from: https://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/dst_aids_boletim_de_sifil_1_pdf_32008.pdf.

16. CONASS (BR). Planificação da atenção à saúde: um instrumento de gestão e organização da atenção primária e da atenção ambulatorial especializada nas redes de atenção à saúde. Brasília (DF): CONASS; 2018.

17. Santos Carvalho S, Rodrigues de Oliveira B, Alves de Sá E. Estratégias e ações no pré-natal para sífilis congênita: revisão de literatura. Rev. Bras. Pesqui. Ciênc. Saúde. 2021; 22(2):150–6. https://doi.org/10.47456/rbps.v22i2.25258

18. Gottems LBD, Evangelista M do SN, Pires MRGM, Silva AFM da, da Silva PA da. Trajetória da política de atenção básica à saúde no Distrito Federal, Brasil (1960 a 2007): análise a partir do marco teórico do neo-institucionalismo histórico. Cad. saúde pública. 2009;25:1409-19. https://doi.org:10.1590/S0102-311X2009000600023.

19. Nunes PS, Zara ALSA, Rocha DFNC, Marinho TA, Mandacarú PMP, Turchi MD. Sífilis gestacional e congênita e sua relação com a cobertura da Estratégia Saúde da Família, Goiás, 2007-2014: um estudo ecológico. Epidemiol. Serv. Saúde 2018; 27 (4): e2018127. https://doi.org/10.1155/2023/3958406