Promoção de saúde de idosos institucionalizados e crenças quanto ao envelhecer: projeto intergeracional

  • Vivian Cristina Lederer Kratz Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG) http://orcid.org/0000-0002-4809-8305
  • Viviana Furlanetto Manduca Schneider Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
  • Joice Cadore Sonego Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
  • Tânia Rudnicki Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
Palavras-chave: Instituição de longa permanência para idosos, Depressão, Envelhecimento

Resumo

Estudar qualitativamente, por meio de pesquisa empírica, método misto, delineamento quantitativo longitudinal-prospectivo e qualitativo analítico, com objetivo de verificar se uma intervenção intergeracional de troca de cartas influenciaria mudanças nos níveis de depressão em idosos institucionalizados, e modificaria crenças sobre a velhice em jovens adultos universitários. Os estudantes apresentaram redução das crenças negativas. Dos sete idosos participantes da pesquisa, cinco apresentavam sintomas depressivos antes da intervenção. Após, quatro melhoraram seu estado emocional. Os resultados indicam que a intervenção tem potencial capacidade de influenciar a modificação de crenças quanto ao envelhecer, e de reduzir os níveis de depressão em idosos moradores de ILPIs. A atividade foi ao encontro da promoção de saúde no contexto da institucionalização, promovendo reflexão, interação e preenchimento de tempo livre entre os idosos, valorizando experiências de vida. Entre os jovens, promoveram-se mudanças em concepções pré-estabelecidas e reproduzidas automaticamente, além de possibilitar reflexão a respeito desse processo, suas potencialidades e limitações.

Biografia do Autor

Vivian Cristina Lederer Kratz, Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
Jornalista e Psicóloga. Graduada em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e em Psicologia pelo Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), é especialista em Comunicação e Multimídia pela Université de Toulon (França), Universidade Fernando Pessoa (Portugal) e UCS. Cursou Aperfeiçoamento em Terapias Cognitivas pela Wainer Psicologia e realizou work experience pela Universidade de Cambridge (Inglaterra).
Viviana Furlanetto Manduca Schneider, Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
Graduação em Processos Gerenciais pela Faculdade de Tecnologia Internacional(2011), graduação em Psicologia pelo Centro Universitário da Serra Gaúcha FSG (2016).
Joice Cadore Sonego, Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (2004), especialização em Atendimento Clínico - Ênfase em Psicanálise (2015), mestrado (2007), doutorado (2015) e pós-doutorado (2016) em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisadora associada do Núcleo de Infância e Família da UFRGS. Docente do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG. Experiência na área de Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Psicanálise, Desenvolvimento humano e ciclo vital, Transição para a parentalidade em diferentes contextos, Interdisciplinaridade.
Tânia Rudnicki, Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG)
Psicóloga. Doutora em Psicologia pela PUC/RS. Pós-Doutora em Psicologia da Saúde pelo ISPA/PT). Terapeuta Cognitiva certificada pela FBTC. Mestre e Especialista em Psicologia Clínica com experiência na área da saúde e hospitalar, trabalhando principalmente os seguintes temas: terapia cognitiva (TC); tratamento psicológico com ênfase no comportamento e cognição relacionados à doença crônica, adesão, estresse, auto-eficacia e lócus de controle, Psico-oncologia, crescimento pós-traumático (CPT) em sobrevivente de câncer de mama e psicologia positiva. Pesquisadora Associada do Centro de Investigação William James ISPA/PT. Possui experiência na área de formação profissional em Psicologia e em prevenção e tratamento psicológico. É membro do GT ANPEPP em TCC.

Referências

OMS - Organização Mundial da Saúde. Resumo relatório mundial de envelhecimento e saúde [Internet]. Genebra, 2015.

Torres TL, Camargo BV, Boulsfield AB, Silva AO. Representações sociais e crenças normativas sobre envelhecimento. Ciênc. Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2015 Dez. 20(12):3621-30.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BR). Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira [Internet]. Rio de Janeiro; 2013.

Camarano AA, Kanso S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev. Bras. Estud. Popul. São Paulo, 2010 Jun;27(1).

Costa MCNS, Mercadante EF. O Idoso residente em ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso) e o que isso representa para o sujeito idoso. Rev. Kairós Gerontol. São Paulo, 2013 Mar: PUC-SP, 16(2).

Carreira L. Prevalência de depressão em idosos institucionalizados. Revista Enfermagem UERJ. Rio de Janeiro, 2011; 19(2):268-73.

Ferreira HG, Batistoni SS. Terapia Cognitivo-Comportamental para Idosos com Depressão. In: Freitas ER, Barbosa AJG, Neufeld CB. (Org.). Terapias Cognitivo-Comportamentais com Idosos. Novo Hamburgo: Sinopsys; 2016.

Siqueira GR et al. Análise da sintomatologia depressiva nos moradores do Abrigo Cristo Redentor através da aplicação da Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2009 Fev; 14(1):253-9.

Leal MCC, Apóstolo, JLA, Mendes AMO, Marques APO. Prevalência de sintomatologia depressiva e fatores associados entre idosos institucionalizados. Acta Paul. Enferm. São Paulo, 2014 Jun; 27(3):208-14.

Soares E, Coelho MO, Carvalho SM. Capacidade funcional, declínio cognitivo e depressão em idosos institucionalizados: possibilidade de relações e correlações. Rev. Kairós Gerontol. São Paulo, 2012; 15(3):117-39.

Piovezan M, Bessa TA, Borges FSP, Prestes SM, Chubaci RYS. “Troca de cartas entre gerações”: Projeto gerontológico intergeracional realizado em uma ILPI de São Paulo. Rev. Kairós Gerontol. São Paulo, 2015 Jul-Set; 18(3):137-53.

Coalition MI. How to start intergerational programs in communities [Internet]. MD, USA: ERIC; 2002.

França LHF, Silva AMT, Barreto MSL. Programas intergeracionais: quão relevantes eles podem ser para a sociedade brasileira? Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. [Internet]. Rio de Janeiro, 2010;13(3).

Ministério da Saúde (BR). Estatuto do Idoso: Série E, Legislação de Saúde. [Internet]. 2. ed. Brasília; 2003.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC n.º 283, de 26 de setembro de 2005.

Silva HS, Junqueira PG. Reflexões e Narrativas (Auto) Biográficas sobre as relações intergeracionais: Resultados de uma intervenção socioeducativa com mulheres idosas. Psicologia & Sociedade. 2013; 25(3):559-70.

Pontarolo R, Oliveira RC. Relações Intergeracionais na escola: relato de uma experiência. Congresso de Educação da PUCPR (EDUCERE), 2006. Curitiba: PUCPR; 2006.

Brucki SMD et al. Sugestões para o uso do mini exame do estado mental no Brasil. Arq. Neuro-Psiquiatr. São Paulo, 2003 Set; 61(3B):777-81.

Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arq. Neuro-Psiquiatr. São Paulo, 1999 Jun; 57 (2B):421-6.

Neri AL, Jorge MD. Atitudes e conhecimentos em relação à velhice em estudantes de graduação em educação e em saúde: subsídios ao planejamento curricular. Estud. Psicol. Campinas, 2006 Jun; 23(2):127-37.

Tarallo RS. Desenvolvimento da Versão Brasileira da Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Campinas: Unicamp. 2015. Dissertação (Mestrado em Gerontologia), Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2015.

Bardin L. Análise de Conteúdo. Trad.: Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70; 2011.

Neri AL. Palavras-Chave em Gerontologia. Campinas: Alínea; 2014.

Mantovani EP, Lucca SR, Neri AL. Associações entre significados de velhice e bem-estar subjetivo indicado por satisfação em idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. Rio de Janeiro, 2016 Jun; 19(2):203-22.

Carvalho P, Dias O. Adaptação dos Idosos Institucionalizados. Millenium. Viseu: IPV, 2011 Jun; (40).

Batistoni SS. Saúde Emocional na Velhice. In: Freitas ER, Barbosa AJG, Neufeld CB. (Org.). Terapias Cognitivo-Comportamentais com Idosos. Novo Hamburgo: Sinopsys; 2016.

Erikson EH. O ciclo de vida completo. Porto Alegre: Artmed; 1998.

Wichmann FMA, Nunes AC, Areosa SVC, Montañés MCM. Grupos de convivência como suporte ao idoso na melhoria da saúde. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. Rio de Janeiro, 2013;16(4):821-32.

Publicado
2018-08-30
Seção
Artigos Originas - Promoção da Saúde