É possível verificar relações entre baixa visão e padrões de sono por meio de actigrafia? Relato de caso de uma paratleta

Palavras-chave: Deficiência visual, Fenômenos da cronobiologia, Higiene do sono, Qualidade de vida

Resumo

Verificar se a actigrafia permite estabelecer relações entre baixa visão e distúrbios do sono em uma paratleta. Utilizamos questionários, diário do sono e actígrafo durante 30 dias. Mostrou-se indiferente para o perfil circadiano com preferência de treinos vespertinos e má qualidade subjetiva do sono. Periodograma com ritmo circadiano e actograma evidenciando irregularidades nos horários para dormir e acordar aos finais de semana, com períodos de repouso diurno ao longo da semana. Média de sono foi de 06h30m com seis despertares por noite. Verificamos que ambiente, hábitos e rotinas contribuíram para a má qualidade de sono. A actigrafia, quando aliada a outras metodologias, mostrou-se útil para estabelecer relações entre baixa visão, qualidade do sono, prática de exercícios e auto percepção, além de contribuir, neste estudo, para o direcionamento de ações de medidas de higiene do sono, permitindo a promoção de melhorias e ganho em qualidade de vida pessoal e profissional.

Biografia do Autor

Mariana Yolanda de Castro Rocha , Universidade Estadual de Maringá - UEM
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá - UEM, Maringá (PR), Brasil.
Sonia Trannin de Mello, Universidade Estadual de Maringá - UEM
Doutora em Ciências Biológicas (Biologia Celular) pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Professora Associada B (Tide) e chefe do Departamento de Ciências Morfológicas (DCM/UEM), Maringá (PR), Brasil.

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Publicado
2020-09-01
Seção
Relato de Casos