Millicomposting: composting based on the use of diplopods aiming at the production of organic substrates

Luiz Fernando de Sousa  Antunes; Maria Elizabeth Fernandes  Correia; Maura Santos Reis de Andrade da  Silva; Dione Galvão da Silva

doi:10.17765/2176-9168.2020v13n3p1019-1038

Luiz Fernando de Sousa Antunes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ https://orcid.org/0000-0001-8315-4213
Maria Elizabeth Fernandes Correia Pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Seropédica (RJ) https://orcid.org/0000-0003-1919-6659
Maura Santos Reis de Andrade da Silva Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP https://orcid.org/0000-0001-6717-4564
Dione Galvão da Silva Analista na Embrapa Agrobiologia, Seropédica (RJ) https://orcid.org/0000-0002-2310-1854

DOI: https://doi.org/10.17765/2176-9168.2020v13n3p1019-1038

Palavras-chave: Gongolos, compostos orgânicos, mudas de qualidade, olericultura.

Resumo

A gongocompostagem é uma biotecnologia ainda pouco conhecida, consistindo na biotransformação dos resíduos vegetais em matéria orgânica estável, promovida pela atividade de diplópodes, popularmente conhecidos como gongolos ou piolhos-de-cobra. Considerando a importância do substrato na produção de mudas de hortaliças, o presente trabalho teve como objetivos difundir a técnica da gongocompostagem e avaliar a eficiência do gongocomposto na produção de mudas de alface americana cultivar Angelina. A gongocompostagem foi estabelecida a partir da mistura de resíduos de Bauhinia sp. (folhas de pata-de-vaca), Paspalum notatum (aparas de grama), Musa sp. (folhas de bananeira) e papelão picado. Foram realizadas análises físicas, físico-químicas e químicas do gongocomposto obtido aos 180 dias. As mudas de alface foram produzidas em bandejas de poliestireno expandido de 200 células e as avaliações ocorreram 30 dias após a semeadura e as características fitotécnicas avaliadas foram: massas fresca e seca de parte aérea, massas fresca e seca de raízes, altura de plantas, número de folhas, vigor de mudas e estabilidade do torrão. O gongocomposto apresentou teores de nutrientes totais superiores aos do substrato orgânico Biomix®, bem como a menor densidade volumétrica em relação ao substrato Biomix®. No desenvolvimento das mudas de alface, todas os parâmetros diferiram, com valores médios superiores para o gongocomposto, com exceção do número de folhas, o qual não diferiu do substrato orgânico Biomix®. O processo de gongocompostagem proporciona o reaproveitamento de resíduos orgânicos convertendo-os em composto orgânico de qualidade e com eficiência na produção de mudas de alface, proporcionando a obtenção de mudas de excelente qualidade.

Biografia do Autor

Luiz Fernando de Sousa Antunes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Atualmente é Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia pela UFRRJ, desenvolvendo projetos de pesquisas voltados à Agroecologia com ênfase na gongocompostagem de resíduos agrícolas e urbanos e suas aplicações na agricultura. Mestre em Agronomia - Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2017), é graduado em Engenharia Agronômica pela mesma Universidade (2015) e também possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Módulo (2009). Foi bolsista de iniciação científica por dois anos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Agrobiologia, envolvido em pesquisas com triagem e monitoramento da fauna do solo, compostagem de resíduos orgânicos e produção de mudas de hortaliças em bandejas com utilização de substratos orgânicos gerados pela atividade de diplópodes.

Maria Elizabeth Fernandes Correia, Pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Seropédica (RJ)

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), mestrado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e doutorado em Agronomia (Ciências do Solo) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Fauna de Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: recuperação de áreas degradadas, ecotoxicologia de solos e agroecologia

Maura Santos Reis de Andrade da Silva, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP

Ensino médio pelo Instituto Federal de Educação , Ciência e tecnologia do Rio de Janeiro. Possui graduação em ciências biológicas pelo Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO (2015). Mestra em Ciências, pelo Curso de Pós Graduação em Agronomia-Ciência do Solo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- UFRRJ (2018) . Doutoranda em Microbiologia Agropecuária pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP (2020).

Dione Galvão da Silva, Analista na Embrapa Agrobiologia, Seropédica (RJ)

Engenheira Agrônoma formada na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), desde 2009. Em 2011 titulou-se mestre em Fitotecnia na UFRRJ. Atualmente é Analista A da Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ) e apoia pesquisas em agroecologia e agricultura orgânica.

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