Tolerância de cultivares de soja à toxicidade do alumínio em fase inicial
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9168.2022v15n3e8341Palabras clave:
Acidez do solo, Acidez trocável, Estresse abiótico, Glycine max L., Índices de tolerânciaResumen
Os genótipos de soja possuem níveis distintos de tolerância aos efeitos fitotóxicos do alumínio (Al3+) e a exploração dessa característica pode ser uma importante estratégia para potencializar o uso de solos ácidos. Esta pesquisa foi realizada para investigar os efeitos do alumínio na germinação e no crescimento inicial de 25 cultivares de soja, e identificar os cultivares mais tolerantes e suscetíveis à toxicidade por Al3+. O ensaio foi realizado no laboratório de sementes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Cassilândia. A toxicidade de Al3+ foi imposta pela exposição das sementes a uma solução diluída contendo 15 ?mol L–1 de Al3+, combinada com 1250 ?mol L–1 de cálcio. O pH da solução contendo Al3+ foi ajustado para 4,3 com HCl 0,5 mol L–1. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições de 50 sementes. Os fatores foram constituídos pelas 25 cultivares de soja e pelas duas condições de crescimento das plântulas (controle ou estresse por Al3+), totalizando 50 tratamentos. Os tratamentos foram avaliados com base nos índices de tolerância ao estresse (ITE) para a germinação das sementes, comprimento e matéria seca das plântulas. A toxicidade por Al3+ reduziu a taxa de germinação e o crescimento inicial de todas as 25 cultivares de soja. As cultivares TMG 7061 IPRO, TMG 7063 IPRO, TMG 7067, HO Paranaíba IPRO e NS 7505 IPRO foram consideradas como as mais indicadas para serem cultivadas em solos ácidos por apresentarem maior tolerância à toxicidade de alumínio, e as cultivares RK 815 IPRO, RK 8317 IPRO e ST 777 IPRO foram classificadas como suscetíveis à toxicidade do alumínio, e não devem ser recomendadas para o cultivo em solos ácidos.Citas
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