A Problemática sobre as Pesquisas das Células-Tronco e dos Embriões Excedentários sob a Ótica do Direito á Vida e da Ética Jurídica Diante Da Evolução Científica do Biodireito e a Adin 3510/2005

  • Marta Beatriz Tanaka Ferdinandi Centro Universitário de Maringá - CESUMAR
  • Iara Rodrigues Toledo Centro Universitário Toledo - Araçatuba/SP - UNITOLEDO
Palavras-chave: Biotecnologia, Embriões, Biodireito.

Resumo

Os avanços da biomedicina têm descortinado para os estudiosos de vários cantos do mundo o debate sob a ótica do direito à vida e da ética jurídica. Há pouco tempo atrás os embriões excedentários, resultantes das fertilizações in vitro, fruto de pesquisa para suprir os problemas da infertilidade de vários casais, trouxe consigo a problemática da criopreservação dos mesmos. O abandono desses embriões nos laboratórios de criogenia e sua “eterna preservação” vêm se tornando um grande problema ético e jurídico: O que fazer com tais embriões? A problemática tomou maiores proporções com o surgimento das pesquisas com células-tronco embrionárias, pois são capazes de regenerar inúmeros tecidos do corpo humano e, possivelmente, capazes de curar inúmeras doenças até então sem solução médica, tais como a paralisia espinhal, mal de parkson, mal de alzheimer e outras. Para tais pesquisas faz-se necessária a destruição do embrião a fim de se extrair essas células, pois se localizam em seu núcleo. Daí a questão se é lícito e ético utilizar-se de embriões humanos em pesquisas científicas; se o embrião, criado em laboratório é vida, e quando realmente a vida se inicia. A edição da Lei de Biossegurança, de 2005 deixou perplexos aqueles que defendiam a origem da vida humana desde a concepção e, por outro lado, trouxe a esperança de cura aos portadores de doenças degenerativas dentre outras. A referida lei autorizou as pesquisas com as células-tronco e, recentemente, foi atacada pela Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo até então Ministro Carlos Ayres Britto. Assim, diante de tanta polêmica, a presente pesquisa pretende analisar as questões referentes ao inicio da vida humana, das pesquisas com células-tronco ressaltando argumentos prós e contra a ADIN n. 3510 de 2005.

Biografia do Autor

Marta Beatriz Tanaka Ferdinandi, Centro Universitário de Maringá - CESUMAR
Mestranda em Ciências Jurídicas stricto sensu pelo Centro Universitário de Maringá – CESUMAR; Advogada; Docente e supervisora do estágio do Núcleo de Práticas Jurídica do Centro Universitário de Maringá – Cesumar; E-mail: biaferdinandi@brturbo.com.br
Iara Rodrigues Toledo, Centro Universitário Toledo - Araçatuba/SP - UNITOLEDO
Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP; Docente no programa de Mestrado, de especialização e na graduação do Centro Universitário Toledo de Araçatuba/SP – UNITOLEDO, SP; Procuradora Aposentada do Estado de São Paulo; Advogada; E-mail: iara.prof@toledo.br
Seção
Doutrinas