EXPLORANDO UNA NUEVA DIMENSIÓN BÍOPOLÍTICA DEL CUERPO ENCARCELADO: CONTROVERSIAS EN TORNO DE LA LEY FEDERAL N.º 12.654/2012

  • Marcelo Buttelli Ramos Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
  • Lucas e Silva Batista Pilau Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Palabras clave: Ley Federal n.º 12.654/2012, Biopolítica, Dispositivos de Seguridad, Gobernabilidad, Aparato Político-estatal.

Resumen

En este artículo los autores pretenden discutir, a partir del análisis de la Ley Federal nº 12.654/2012, de qué manera las innovaciones normativas concebidas con su promulgación terminan inscribiendo en el plan general de las estrategias de la gobernabilidad jurídico-penal un nuevo y decisivo dispositivo de seguridad que detiene, al menos potencialmente, la capacidad de resignificar la importancia política del cuerpo encarcelado. Por intermedio de la realización de extensa revisión bibliográfica y del empleo del método hipotético-deductivo, los autores buscan aclarar de qué manera los conceptos de “gobernabilidad”, “dispositivo de seguridad” y “estado de excepción”, puede contribuir a la ampliación de la comprensión acerca de las consecuencias biopolíticas que resultan de la creación de la hipótesis de extracción compulsoria de material genético como una de las formas de identificación criminal disponibles en el ámbito del ordenamiento jurídico brasileño. La incorporación de los aludidos conceptos a discusión sobre la legitimidad de la referida forma de identificación criminal sugiere que la Ley Federal n.º 12.654/2012 representa un verdadero “dispositivo de seguridad”, cuya gestión tiene como efecto más inmediato la relegación del cuerpo encarcelado al plan de la excepción. Los autores concluyen el estudio propuesto afirmando que la manutención de esa forma de identificación en el ordenamiento jurídico brasileño representa grave riesgo a la concepción del condenado como un sujeto de derechos.

Biografía del autor/a

Marcelo Buttelli Ramos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Lucas e Silva Batista Pilau, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Citas

AGAMBEN, Giorgio. Estado de Exceção. 2. ed. rev. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2014. (Col. Estado de sítio).

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

AGAMBEN, Giorgio. O que é o dispositivo?. In: O que é o contemporâneo e outros ensaios. Trad. Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Santa Catarina: Argos, 2009, p. 25-54.

AMARAL, Augusto Jobim do. A política da prova e cultura punitiva: a governabilidade inquisitiva do processo penal brasileiro contemporâneo. São Paulo: Almedina, 2014.

BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal. Trad. Juarez Cirino dos Santos. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.

BENJAMIN, Walter. Para uma crítica da violência. In: Escritos sobre mito e linguagem (1915-1921). Trad. Susana Kampff e Ernani Chaves. São Paulo: Ed. 34, 2011.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Tribunal Pleno. Repercussão Geral no Recurso Extraordinário n.º 973837. Relator: Ministro Gilmar Mendes. Brasília, 11 de outubro de 2016. Disponível em: <http://www.stf.jus.br>. Acesso em: 15 nov. 2016.

BRASIL. Constituição Brasileira (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988, 292 p.

BRASIL. Lei Federal n.° 12.654 28 de maio de 2012. Altera as Leis nos 12.037, de 1o de outubro de 2009, e 7.210, de 11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal, para prever a coleta de perfil genético como forma de identificação criminal, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 29 mai. 2012.

BRASIL. Lei Federal n.º 7.210 de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 jul. 1984.

BRASIL. Lei Federal n.° 8.072 de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 jul. 1990.

CALLEGARI, André Luís; DUTRA, Fernanda Arruda. Derecho penal del enemigo y derechos fundamentales. In: MELIÁ, Cancio; DÍEZ, Gómez-Jara. Derecho penal del enemigo: el discurso penal de la exclusión. Buenos Aires: Euros Editores, 2006.

CHIGNOLA, Sandro. Sobre o dispositivo: Foucault, Agamben, Deleuze. Tradução de Sandra Dall Onder. Cadernos IHU Ideias, Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, v. 12. n.º 214, 2014.

DELEUZE, Gilles. Que és un dispositivo? In: BALIBAR, Etinenne et al (Org.). Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1999. p. 155-163.

FOUCAULT, Michel. A governamentalidade. In Microfísica do Poder (1979), organização e tradução de Roberto Machado, Rio de Janeiro: Graal, 2012, p. 277-295.

FOUCAULT, Michel. Segurança, Território e População. Curso do Còllege de France (1977-1978). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FOUCAULT, Michel. Sobre a história da sexualidade. In: Machado, Roberto. (Org.). Microfísica do poder (1979). Rio de Janeiro: Graal, 2012, p. 243-276.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 38. ed. Petrópolis, Rio de Jaeniro: Vozes, 2010.

FRADE, Laura. Quem mandamos para a prisão?: Visões do parlamento sobre a criminalidade. Brasília: Líber Livro, 2008.

HOBBES, Thomas. Leviatã, ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil. Trad. Rosina D’Angina. São Paulo: Martin Claret, 2014.

JAKOBS, Günter. Sobre la normativización de la dogmática jurídico-penal. Madrid: Civitas Ediciones, 2003.

MOUFFE, Chantal. The Democratic Paradox. Verso: London, 2000.

QUEIJO, Maria Elizabeth. O princípio nemo tenetur se detegere e a coleta de material genético: identificação criminal ou colaboração na produção da prova?. Boletim Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, v. 21, n.º 250, set. 2013.

REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. Tradução Maria do Rosário Gregolin, Nilton Milanez, Carlos Piovesani. São Carlos: Claraluz, 2005.

RUSCHE, Georg; KIRCHHEIMER, Otto. Punição e Estrutura Social. Tradução, revisão técnica e nota introdutória Gizlene Neder. Rio de Janeiro: Revan, 2004.

SALAS, Denis. La Voluntè de Punir: Essai sur le Populisme Pénal. Paris: Hachette, 2005.

SCHIOCCHET, Taysa. O humano entre o direito a e genética: pressupostos para o debate legislativo acerca das implicações jurídicas concernentes à criação de bancos de perfis genéticos para fins de persecução criminal. In: CALLEGARI, André Luis et al. (Org.). Constituição, sistemas sociais e hermenêutica: Anuário do PPG em Direito da Unisinos - Mestrado e Doutorado. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011, v. 8, p. 285-302.

SCHMITT, Carl. Teologia Política. In: A crise da democracia parlamentar. Trad. Inês Lohauer. São Paulo: Scritta, 1996.

SIMON, Jonathan. Punição e as tecnologias políticas do corpo. Trad. Leandro Ayres França. In Revista Sistema Penal & Violência, v. 5, n. 2, p. 219-251, jul./dez. 2013 .

WACQUANT, Loïc. Punir os pobres: a nova gestão da miséria da miséria nos Estados Unidos [A onda punitiva]. Trad. Sérgio Lamarão. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. O inimigo no Direito Penal. Trad. Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro: Revan, 2007.

Publicado
2017-12-20
Sección
Artigo Original