La investigación jurídica: para más allá de la revisión bibliográfica
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9184.2019v19n2p429-457Palabras clave:
Investigación, Cursos de derecho, Entrevista, Historia de vida, Observación participante, Comité de éticaResumen
Desde su creación, los cursos jurídicos traen como marcas del colonialismo la ausencia de la investigación, o su restricción a la revisión bibliográfica. Sin embargo, esta permanencia histórica, fundada en el tradicionalismo de la enseñanza jurídica, necesita ser superada, teniendo en vista que la complexidad de la realidad social, objeto del derecho, necesita de la utilización de variados tipos de investigación para su debida comprensión. Por intermedio del análisis de la entrevista, de la historia de vida y de la observación participante, como técnicas alternativas a la investigación de cuño bibliográfico, se discute la importancia de la investigación en el curso de derecho con base en el trípode enseñanza, investigación y extensión, además de verificar las formas por las cuales la investigación jurídica puede acercarse de la realidad social que se propone a estudiar. Se objetiva, por último, presentar las modalidades de entrevista, los principales rasgos de la investigación del tipo observación participante y la utilización de la historia de vida en la investigación jurídica, tomando por base las exigencias establecidas por la resolución nº 466/12, que instituyó la obligatoriedad de la aprobación de las investigaciones que involucran seres humanos por comités de ética. Se utilizaron, como principales referenciales teóricos, las obras de Verena Alberti (2004), Antonio Carlos Gil (2002), Marcos Masetto (2003) y Michel Thiollent (1998). Como principales resultados, se destaca la necesidad de diversificación con la finalidad de consolidar y ampliar el horizonte de las investigaciones jurídicas.Citas
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