Verificação de Anemia em Pacientes Submetidos à Gastroplastia Redutora (Tipo Y de Roux)

  • Mauro Akira Suizu Universidade Paranaense
  • Romir Rodrigues Universidade Paranaense
  • Juliana Isa Beraldo Universidade Paranaense
Palavras-chave: Anemia Ferropriva, Cirurgia Bariátrica, Intolerância a Carnes, Iron-insufficiency Anemia, Bariatric Surgery, Intolerance to Meat.

Resumo

A obesidade, doença crônica e complexa, acomete cada vez mais a população. Devido ao tratamento difícil, a cirurgia bariátrica, quando indicada, é eficiente, pois apresenta baixos riscos aos pacientes e boa manutenção da perda de peso. Entretanto, deve-se ter atenção no pós-operatório, devido aos efeitos colaterais promovidos pela cirurgia, resultando em modificações metabólicas e falhas nutricionais, decorrente da má absorção de nutrientes, dentre eles, o ferro. O objetivo da pesquisa foi avaliar a prevalência de anemia ferropriva no período de junho a outubro de 2013, com 32 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica do tipo Y de Roux, pertencentes à Associação dos Obesos Operados Bariátricos de Paranavaí e Região (AOOB). Após realizarmos um comparativo parcial com os 32 bariátricos da comunidade, verificarmos deficiências nutricionais. Nos 32 pacientes da comunidade, 50% manifestaram anemia, com IMC 23,37 kg/m2 (21,41 ± 25,33) e idade média de 43 anos. Já na AOOB, 31,25% apresentaram anemia (com maior prevalência dois anos após a cirurgia), IMC 29,02 kg/m2 (24,80 ± 33,24) e idade média de 42,96 anos. Nos associados da AOOB, 46,87% possuem intolerância a carne vermelha; 65% usam suplementos nutricionais e a participação nas reuniões mensais variou de 113 a 32 presenças. Apesar do estudo ter revelado índices relevantes de anemia é essencial o acompanhamento pós-operatório, como o realizado pela AOOB, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, é necessário um estudo mais abrangente, com espaço amostral e período de tempo maior para solidificação das evidências aqui estudadas. Verification of Anemia in Patients with Bariatric Surgery (Roux-En-Y Gastric Bypass) Obesity, a chronic and complex disease, is more and more common in the population. Due to difficult treatment of obesity, bariatric surgery is efficient since it provides a good weight loss with few risks to patients. The post-operation period is important due to the side effects caused by metabolic modifications and nutritional flaws from a bad absorption of nutrients, especially iron. Current research, undertaken between June and October 2013, assesses the prevalence of iron-insufficiency anemia in 32 patients who underwent Roux-en-Y gastric bypass, belonging to the Association of Operated Obese People (AOOB) from the region of Paranavaí PR Brazil. Partial comparative exam with 32 bariatric patients showed nutritional deficiencies, or rather, 50% suffered from anemia, with BMI = 23.37 kg/m2 (21.41 ± 25.33) and average age 43 years, whereas in AOOB, 31.25% were anemic (after two years of surgery), IMC = 29.02 kg/m2 (24.80 ± 33.24) and mean age 42.96 years. Further, 46.87% of AOOB associates were non-tolerant to beef; 65% used nutrition supplements and participation in monthly meetings varied between 113 and 32. In spite of high anemia percentages, the post-operational follow-up is highly important since it improves the patients ́ lifestyle. However, a more comprising analysis is required with a bigger sample and a longer time span for the establishment of evidences.

Biografia do Autor

Mauro Akira Suizu, Universidade Paranaense
Mestrando em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Egresso Universidade Paranaense
Romir Rodrigues, Universidade Paranaense
Possui graduação em Farmácia Bioquímica e Industrial pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Responsável pelo setor de Imunohematologia do Hemonúcleo Regional de Paranavaí (REDE HEMEPAR). É professor adjunto da Universidade Paranaense (UNIPAR). Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), especialista em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Análises Clínicas pelo Centro Universitário Maringá (CESUMAR), Especialista em Gestão de Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ex-Coordenador da Especialização em Análises Clínicas da Universidade Paranaense - UNIPAR, unidade Paranavaí. Já atuou como docente nas áreas de farmacologia, farmácia hospitalar, saúde pública, tecnologia de alimentos e epidemiologia. Atualmente é docente na UNIPAR, unidade Paranavaí, nas disciplinas de parasitologia clínica, hematologia clínica, toxicologia clínica, Deontologia e Legislação Farmacêutica.
Juliana Isa Beraldo, Universidade Paranaense
Mestranda em Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Egresso Universidade Paranaense
Publicado
2015-06-22
Seção
Artigos Originais