Laringotraqueoscopia flexível na decanulação de pacientes traqueostomizados: otimização de segurança para o paciente
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2019v12n2p377-383Palavras-chave:
Decanulação, Doenças traqueais, Medidas de segurança, Obstrução de via aérea, Traqueostomia.Resumo
Avaliar a decanulação utilizando a laringotraqueoscopia flexível visando o reconhecimento das lesões laringotraqueais não diagnosticadas quando utilizados somente critérios clínicos. Participaram do estudo 100 pacientes, com idade entre 18 e 80 anos, traqueostomizados, com indicação de decanulação que foram submetidos à oclusão da cânula por 03 minutos para avaliar fonação e ventilação seguido da realização do exame. Foi comparada a indicação de decanulação por critérios clínicos com o diagnóstico de lesões laringotraqueais reconhecidas após o término da laringotraqueoscopia flexível. Os critérios de Myer-Cotton foram utilizados como referencial para classificação de doença laringotraqueal. Resultados: 62 (62%) pacientes apresentaram critérios clínicos para decanulação, porém, com doença laringotraqueal identificada pela laringotraqueoscopia flexível. Dentre estes, oito (8%) considerados aptos à decanulação baseados nos critérios clínicos apresentaram contraindicação à retirada da cânula. Apenas 26 (26%) pacientes não apresentaram doença laringotraqueal; 11 (11%) não foram decanulados por não preencherem critérios clínicos e endoscópicos. A laringotraqueoscopia flexível reconheceu doença laringotraqueal nos pacientes que preenchiam critérios clínicos para retirada da cânula traqueal. Este exame como rotina na avaliação de pacientes preenchendo critérios de decanulação mostrou-se útil e seguro.Downloads
Referências
Pham T, Brochard LJ, Slutsky AS. Mechanical Ventilation: State of the art. Mayo Clin Proc. 2017; 92(9):1382-1400.
Schroder JB, Marian T, Muhle P, Claus I, Thomas C, Ruck T, et al. Intubation, tracheostomy, and decannulation in patients with Guillain-Barré-syndrome-does dysphagia matter? Muscle Nerve. 2019; 59(2):194-200.
Singh RK, Saran S, Baronia AK. The practice of tracheostomy decannulation – A systematic review. J Intensive Care. 2017; 5: 38.
Enrichi C, Battel L, Zanetti C, Koch I, Ventura L, Palmer K, et al. Clinical criteria for tracheostomy decannulation in subjects with acquired brain injury. Respir Care. 2017; 62(10):1255-1263.
Higashi T, Eguchi H, Wakayama Y, Sumi M, Saito T, Inaba Y. Analysis of the risk factors for tracheostomy and decannulation after traumatic cervical spinal cord injury in an aging population. Spinal Cord. 2019; 10. doi: 10.1038/s41393-019-0289-x.
Cotton, R T. Pediatric laryngotracheal stenosis. J Pediatr Surg. 1984; 1 9(6):699-704.
Southcott AM, Holdsworth C, Malcolm L, Muruganandan S, Skinner E. Evaluation of the implementation of a Tracheostomy Review Services (TRS): an observational cohort study. J Interprof Care. 2019; 23:1 - 9.
Budweiser S, Baur T, Jorres RA, Kollert F, Pfeifer M, Heinemann F. Predictors of successful decannulation using tracheostomy retainer in patients with prolonged weaning and persisting respiratory failure. Respiration. 2012; 84:469–476.
Mah JW, Staff II, Fisher SR, Butler KL. Improving decannulation and dwallowing function: A comprehensive, multidisciplinary approach to post-tracheostomy care. Respir Care. 2017; 62(2):137-143.
Nakarada-Kordic I, Patterson N, Wrapson J, Reay SD. A Systematic Review of Patient and Caregiver Experiences with a Tracheostomy. Patient. 2018; 11(2):175-191.
Rodrigues LB; Nunes TA. Importância da broncoscopia flexível na decanulação de pacientes traqueostomizados. Rev. Col. Bras. Cir. 2015; 42(2): 075-080.
Sachdev A, Ghimiri A, Gupta N, Gupta D. Pre - decannulation flexible bronchoscopy in tracheostomized children. Pediatr Surg Int. 2017; 33(11):1195-1200.
Cohen O, Tzelnick S, Lahav Y, Stavi D, Shoffel-Havakuk H, Hain M, et al. Feasibility of a single-stage tracheostomy decannulation protocol with endoscopy in adult patients. Laryngoscope. 2016; 126(9):2057-62.
Grillo HC. Surgery of the trachea and bronchi. Hamilton: BC Decker; 2004.
Welton C, Morrison M, Catalig M, Chris J , Pataki J, Can an interprofessional tracheostomy team improve weaning to decannulation times? A quality improvement evaluation. Can J Respir Ther. 2016; Winter; 52(1): 7–11.
Kutsukutsa J, Mashamba -Thompson TP, Saman Y. Tracheostomy decannulation methods and procedures in adults: A systematic scoping review protocol. Syst Rev. 2017; 4; 6 (1):239.
Santus P, Gramegna A, Radovanovic D, Racanelli R, Valenti V, Rabbiosi D, et al. A systematic review on tracheostomy decannulation: A proposal of a quantitative semiquantitative clinical score. Med. 2014; 15; 14:201.
Brunet J, Dufour-Trivini M, Sauneuf B, Terzi N. Gestion de la décanulation: quelle prise en charge pour le patient trachéotomisé ? Management of decanulation in the tracheostomized patient. Réanimation, 2015.
Otorhinolaryngol. Tracheal decannulation protocol in patients affected by traumatic brain injury. In: Arch Otorhinolaryngol. 2014; 18(2):108-14.
Seligman KL, Liming BJ, Smith RJH. Pediatric Tracheostomy Decannulation: 11-Year Experience. Otolaryngol Head Neck Surg. 2019; Apr 16:194599819842164. doi: 10.1177/0194599819842164.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para a revista Saúde e Pesquisa implica na transferência da Carta Concessão de Direitos Autorais, pelos autores, dos direitos de publicação digital para a revista após serem informados do aceite de publicação.A Secretaria Editorial irá fornecer da um modelo de Carta de Concessão de Direitos Autorais, indicando o cumprimento integral de princípios éticos e legislação específica. Os direitos autorais dos artigos publicados nesta revista são de direito do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações, indicando claramente a revista Saúde e Pesquisa como o meio da publicação original. Em virtude de tratar-se de um periódico de acesso aberto, é permitido o uso gratuito dos artigos, principalmente em aplicações educacionais e científicas, desde que citada a fonte. A Saúde e Pesquisa adota a licença Creative Commons Attribution 4.0 International.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.