Prematuridade em um hospital de referência ao parto de alto risco
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9206.2021v14n3e9433Palavras-chave:
Gravidez, Hemorragia uterina, Nascimento prematuro, Transtornos relacionados ao uso de substânciasResumo
Este estudo objetivou investigar a prevalência de partos prematuros em hospital de referência para partos de alto risco e verificar a associação de fatores maternos (demográficos, socioeconômicos, comportamentais e obstétricos) com a prematuridade. Estudo descritivo analítico transversal prospectivo e quantitativo, com amostra populacional de 489 puérperas, conduzido por entrevista, durante seis meses. As análises descritivas utilizaram o Teste de Fisher para associação e regressão logística para análises multivariadas. A prevalência de prematuridade foi de 11,65%, significativamente maior em mães solteiras (40,4%), com menos de nove anos de estudo (40,4%), que pertencem à classe econômica C (47,4%), usuárias de drogas (12,17%), sedentárias (12,93%), hipertensas (16,67%) e que foram internadas (17,82%) ou tiveram sangramento vaginal durante a gestação (25,58%). Uso de drogas (p = 0,001) e sangramento vaginal (p = 0,010) foram considerados preditores maternos para prematuridade.Downloads
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