Prematuridade em um hospital de referência ao parto de alto risco

Palavras-chave: Gravidez, Hemorragia uterina, Nascimento prematuro, Transtornos relacionados ao uso de substâncias

Resumo

Este estudo objetivou investigar a prevalência de partos prematuros em hospital de referência para partos de alto risco e verificar a associação de fatores maternos (demográficos, socioeconômicos, comportamentais e obstétricos) com a prematuridade. Estudo descritivo analítico transversal prospectivo e quantitativo, com amostra populacional de 489 puérperas, conduzido por entrevista, durante seis meses. As análises descritivas utilizaram o Teste de Fisher para associação e regressão logística para análises multivariadas. A prevalência de prematuridade foi de 11,65%, significativamente maior em mães solteiras (40,4%), com menos de nove anos de estudo (40,4%), que pertencem à classe econômica C (47,4%), usuárias de drogas (12,17%), sedentárias (12,93%), hipertensas (16,67%) e que foram internadas (17,82%) ou tiveram sangramento vaginal durante a gestação (25,58%). Uso de drogas (p = 0,001) e sangramento vaginal (p = 0,010) foram considerados preditores maternos para prematuridade.

Biografia do Autor

Maria Elijara Sales Snovarski, Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM-EBSERH)
Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM/EBSERH), Santa Maria (RS), Brasil. Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul (RS), Brasil.
Karine Ely, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), Porto Alegre, RS, Brasil.
Manuela Filter Allgayer, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul (RS), Brasil.
Luciano Nunes Duro, Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul
Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul (RS), Brasil.
Suzane Beatriz Frantz Krug, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul (RS), Brasil.
Lia Possuelo, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013 [cited 2019 Nov 14]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_ atencao_basica_32_prenatal.pdf

Ramos JGL, Martins SHC, Valério EG, Muller ALL. Nascimento pré-Termo. In: Freitas F, Martins SHC, Ramos JGL, Magalhães JA. Rotinas em obstetrícia. Porto Alegre: Artmed; 2011, p. 69-80.

World Heath Organization (WHO). Pretermbirth: factsheet. Reviewed Februari 2018 [Internet]. Gêneva: WHO, 2018 [cited 2020 Ago 20]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/preterm-birth#:~:text=Preterm%20is%20defined%20as%20babies,preterm%20(28%20to%2032%20weeks)

The Lancet. The unfinished agenda of preterm births [Editorial]. Lancet. 2016;388(10058):2323. doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)32170-5

Liu L, Oza S, Hogan D, Perin J, Rudan I, Lawn JE, et al. Global, regional, and national causes of child mortality in 2000-13, with projections to inform post-2015 priorities: an updated systematic analysis. Lancet. 2014; 385(9966): 430-440. doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(14)61698-6

Mathers C. Ending preven table child deaths: addres sing the high-risk day safter birth. Lancet 2014; 2(11): 617-618. doi: https://doi.org/10.1016/S2214-109X(14)70333-X

Oliveira RR, Costa JR, Mathias TAF. Hospitalizações em menores de cinco anos por causas evitáveis. Rev Lat Am Enferm. 2012; 20(1): 01-08.doi: https://doi.org/10.1590/S0104-11692012000100018

Chawanpaiboon S, Vogel JP, Moller AB, Lumbiganon P, Petzold M, Hogan D et al. Global, regional, and national estimates of level sof preterm birth in 2014: a systematic review and modelling analysis. Lancet. 2019; 7(1): 37-46. doi: https://doi.org/10.1016/S2214-109X(18)30451-0

Lansky S, Friche AAL, Silva AAM, Campos D, Bittencourt DAS, Carvalho LM, et al. Pesquisa nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad Saúde Pública. 2014;30(supl):S192-207.doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00133213

Brasil, Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de Junho de 2011. Institui no âmbito do sistema Único de Saúde (SUS) a Rede Cegonha. Brasília (DF); 2011.

Victora CG, Aquino EML, Leal MC, Monteiro CA, Barros FC, Szwarcwald CA. Maternal and child health in Brazil: progress sand challenges. Lancet. 2011; 377:1863-1876. doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60138-4

BI. Portal Business Intelligence [Internet]. Porto Alegre: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul; 2020 [citado 2020 ago 22]. Disponível em: https://bi.saude.rs.gov.br/index.htm

Nour, NM. Premature Deivery and the Millennium Development Goal. Rev Obstet Gynecol. 2012; 5(2): 100-5.doi: https://doi.org/10.3909/riog0189

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil em síntese [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2020 [citado 2020ago 13]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/v4/brasil/rs/santa-cruz-do-sul/panorama

Brasil. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Dados com base no Levantamento Sócio Econômico 2012 – IBOPE. [acessado 2020mai 5]. Disponível em: http://www.abep.org

Assunção PL, Novaes HMD, Alencar GP, Melo ASO, Almeida MF. Fatores associados ao nascimento pré-termo em Campina Grande, Paraíba, Brasil: um estudo caso-controle. Cad Saude Publica. 2012; 28(6): 1078-1090.doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012000600007

Bittar RE, Zugaib M. Indicadores de risco para parto prematuro. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009; 31(4):203-209. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000400008

Rozario S, Brito AS, Kale PL, Fonseca SC. Série temporal de características maternas e de nascidos vivos em Niterói, RJ. Rev Bras Saude Mater Infant. 2013;13(2):137-146. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292013000200007

Guimarães EAA, Vieira CS, Nunes FDD, Januário GC, Oliveira VC, Tibúrcio JD. Prevalência e fatores associados à prematuridade em Divinópolis, Minas Gerais, 2088-2011: análise do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Epidemiol Serv Saude. 2017;26(1):91-98. doi: https://doi.org/10.5123/s1679-49742017000100010

Bhandari S, Raja EA, Shetty A, Bhattacharya S. Maternal and perinatal consequences of antepartum haemorrhage of unknown origin. BJOG. 2014; 121(1): 44-50. doi: https://doi.org/10.1111/1471-0528.12464

Sekiguchi A, Nakai A, Kawabata I, Hayashi M, Takeshita T. Type and location of placenta previa affect preterm delivery risk related to antepartum hemorrhage. Int J Med Sci. 2013; 10(12): 1683-1688.doi: https://doi.org/10.7150/ijms.6416

Adane AA, Ayele TA, Ararsa LG, Bitew BD, Zeleke BM. Adverse birth outcomes among deliveries at Gondar University Hosital, Northwest Ethiopia. BMC Pregnancy Childbirth. 2014; 14(90): 01-08.doi: https://doi.org/10.1186/1471-2393-14-90

Rabello MSC, Barros SMO. Aspectos clínicos e epidemiológicos da prematuridade em um Centro de Parto Normal, São Paulo, Brasil. Einstein (São Paulo). 2011;9(4):483-488. doi: http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082011ao1874

Mamya-Guío J, Rubio-Romero JA, Arévalo-Mora L, Osorio-Castaño JH, Edna-Estrada F, Ospino-Guzmán MP. Guía de práctica clínica para laprevención, detección temprana y tratamento de las complicaciones del embarazo, parto y puerpério: sección 3. Infecciones em elembarazo: ruptura prematura de membranas (RPM). Rev Colomb Obstet Ginecol. 2015;66(4):263-286. doi: Http://dx.doi.org/10.18597/rcog.293

Rodríguez-Villoria RE, MéndezVJ, Díaz SF, Rodríguez-Villoria E. Eficacia del parche hemático transvaginal endocervical autólogo en ruptura prematura de membranas pretérmino. Rev Obstet Ginecol Venez. 2015; 75(4):225-231. http://ve.scielo.org/pdf/og/v75n4/art02.pdf

Narkowicz S, Ptotka J, Polkowska Z, Biziuk M, Namiesnik J. Prenatal exposure to substance of abuse: a worldwide problem. Environ Int. 2013; 54(1): 141-63.doi: https://doi.org/10.1016/j.envint.2013.01.011

Bonello MR, Xu F, Li Z, Burns L, Austin MP, Sullivan EA. Mental and behavioral disorders due to substance abuse and perinatal outcomes: A study based on linked population data in New South Wales, Australia. Int J Environ Res Public Health. 2014; 11(5): 4991-5005.doi: https://doi.org/10.3390/ijerph110504991

Beeckman K, Louckx F, Downe S, Putman K. The relationship between antenatal care and paterm birth: the importance of content of care. Eur J Public Health. 2013 Jun; 23(3):366-71.doi: https://doi.org/10.1093/eurpub/cks123

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). Diretrizes de atenção à Gestante: a operação cesariana, n 179, março 2016 protocolo [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2016 [citado 2020 ago 23]. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2016/Relatorio_Diretrizes-Cesariana_final.pdf

Publicado
2021-06-11
Seção
4º Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Promoção da Saúde (CBIPS)