Security Democracy: implications of peaceful and humanizing security policies

Keywords: Security democracy, Pacification, Public security, Police, Critical criminology

Abstract

The research intends to debate the pacifying and humanized public security policies in the Brazilian democratic context. The reflections are located especially in the axis of the Pacifying Police Units, implemented and tested in the city of Rio de Janeiro. Through the method of hypothetical-deductive approach and literature review, the following research problem is started: the so-called pacifying and humanizing security policies are ways of legitimizing and intensifying the use of violence(s) and militarized protection by state power in the democratic regime? The question is justified in view of the expansion of the penal system and of the control and surveillance devices of the population after the Brazilian redemocratization. It is concluded that the pacification and humanized security policies are “democratization” strategies, that is, make the permanent war for the Security State more acceptable and naturalized.

Author Biographies

Felipe da Veiga Dias, Atitus Educação - Passo Fundo - RS
Doutor em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito da ATITUS Educação. Professor da ATITUS Educação, Passo Fundo (RS), Brasil.
Lucas da Silva Santos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre (RS), Brasil.
Augusto Jobim do Amaral, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
Doutor em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Criminais (PPGCCrim) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre (RS), Brasil.

References

AGAMBEN, Giorgio. Não à tatuagem biopolítica. 2004. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1801200404.htm. Acesso em: 06 de setembro de 2021.

AGAMBEN, Giorgio. Como a obsessão por segurança muda a democracia. 2014. Disponível em: https://diplomatique.org.br/como-a-obsessao-por-seguranca-muda-a-democracia/. Acesso em: 26 de setembro de 2021.

AMARAL, Augusto Jobim do. Política da criminologia. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2020.

ANISTIA INTERNACIONAL. Brasil lidera número de assassinatos de diversos grupos de pessoas em 2017, aponta Anistia Internacional em novo relatório. 2018. Disponível em: https://anistia.org.br/noticias/brasil-lidera-numero-de-assassinatos-de-diversos-grupos-de-pessoas-em-2017-aponta-anistia-internacional-em-novo-relatorio/. Acesso em: 26 de setembro de 2021.

AUGUSTO, Acácio. Trinta anos esta noite: busca por segurança e medidas autoritárias na Constituição Federal de 1988. Debates e Tendências, v. 18, n. 3, set./dez., 2018, p. 380-391.

AUGUSTO, Acácio et al. Manifesto pela supressão geral da polícia nacional. In: Boletim (Anti)Segurança N.1. Laboratório de Análise em Segurança Internacional e Tecnologias de Monitoramento (LASInTec). 2020(a). Disponível em: https://lasintec.milharal.org/files/2020/08/Boletim-AntiSeguran%C3%A7a-n1-1.pdf. Acesso em: 06 de setembro de 2021.

AUGUSTO, Acácio et al. Redimensionando a distribuição da violência: o governo das polícias no planeta. In: Boletim (Anti)Segurança N.3. Laboratório de Análise em Segurança Internacional e Tecnologias de Monitoramento (LASInTec). 2020(b). Disponível em:

https://lasintec.milharal.org/files/2020/10/Boletim-AntiSeguranca-n3.pdf. Acesso em: 06 de setembro de 2021.

AUGUSTO, Acácio et al. O ethos pacificador das forças armadas brasileiras nas ações da pandemia. In: Boletim (Anti)Segurança N.4. Laboratório de Análise em Segurança Internacional e Tecnologias de Monitoramento (LASInTec). 2020(c). Disponível em: https://lasintec.milharal.org/files/2020/10/Boletim-AntiSeguranca-n4.pdf. Acesso em: 06 de setembro de 2021.

AUGUSTO, Acácio et al. Pandemia e regime dos ilegalismos: a positividade da proibição na ampliação dos negócios e garantia da ordem. In: Boletim (Anti)Segurança N.6. Laboratório de Análise em Segurança Internacional e Tecnologias de Monitoramento (LASInTec). 2020(d). Disponível em: https://lasintec.milharal.org/files/2020/11/Boletim-AntiSeguranca-n6.pdf. Acesso em: 06 de setembro de 2021.

BATISTA, Vera Malaguti. O Alemão é muito mais complexo. In: Paz armada – Criminologia de Cordel. BATISTA, Vera Malaguti (Org.). Revan/ICC, 2012.

BELLO, Enzo; BERCOVICI, Gilberto; LIMA, Martonio Mont’Alverne Barreto. O fim das ilusões constitucionais de 1988?. Revista Direito e Práxis, v. 10, n. 3, p. 1769-1811, 2019.

BIGO, Didier. Security(s): Internal and External, the Möbius ribbon. Identities, borders, orders, pp. 91-116, 2001.

COSTAMILAN, Amanda; LEAL, Jackson da Silva. Crítica da economia política e política criminal: neoliberalismo político-criminal em Santa Catarina. Revista Culturas Jurídicas, v. 9, n. 22, pp. 174-202, 2022.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.

D’ELIA FILHO, Orlando Zaccone. Indignos de vida: a forma jurídica da política de extermínio de inimigos na cidade do Rio de Janeiro. Editora Revan, 2015.

DIAS, Felipe da Veiga; AMARAL, Augusto Jobim do. A violência (criminosa) da atuação penal estatal e sua insustentabilidade social: retratos de um Estado de polícia brasileiro. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, 2019.

EL PAÍS. A violência no Brasil mata mais que a Guerra na Síria. 2017. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/12/11/politica/1513002815_459310.html. Acesso em: 27 de setembro de 2021.

ESTADÃO. O uso do Exército para combater o crime nos Estados cresce pelo menos 3 vezes. 2018. Disponível em: https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,uso-do-exercito-para-combater-o-crime-nos-estados-cresce-pelo-menos-3-vezes,70002134658. Acesso em: 25 de setembro de 2021.

FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro. Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado Brasileiro. Dissertação (Mestrado em Direito) – Curso de Pós-Graduação em Direito, Universidade de Brasília, Brasília, 2004.

FRANCO, Marielle. UPP a redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. São Paulo: n-1 edições, 2018.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário brasileiro de segurança pública 2019. 2019. Disponível em: https://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019-FINAL_21.10.19.pdf. Acesso em: 10 de setembro de 2021.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário brasileiro de segurança pública 2020. 2020. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-interativo.pdf. Acesso em: 10 de setembro de 2021.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário brasileiro de segurança pública 2022. 2022. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=5. Acesso em: 22 de outubro de 2022.

GALTUNG, Johan. “Violence, peace and peace reserach”. Jornal of peace research, 1969.

GALTUNG, Johan. Três formas de violência, três formas de paz. A paz, a guerra e a formação social indo-europeia. Revista crítica de ciências sociais, 2005.

GOMES, Maíra Siman. A “pacificação” como prática de “política externa” de (re)produção do self estatal: reescrevendo o engajamento do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Tese (Doutorado em Relações Internacionais) – Curso de Pós-Graduação em Relações Internacionais, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

GRAHAM, Stephen. Cidades sitiadas: o novo urbanismo militar. São Paulo: Boitempo, 2016.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA; FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Atlas da violência 2019. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf. Acesso em 25 de setembro de 2021.

ISP. Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. 2020. Disponível em: http://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=62. Acesso em: 09 de setembro de 2021.

JESUS, Maria Gorete Marques de. “O que está no mundo não está nos autos”: a construção da verdade jurídica nos processos criminais de tráfico de drogas. Tese (Doutorado em Sociologia) – Curso de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

LEITE, Márcia Pereira. Da “metáfora da guerra” ao projeto de “pacificação”: favelas e

políticas de segurança pública no Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Segurança Pública, v. 6, n. 2, 2012.

LEITE, Márcia Pereira. Entre a ‘guerra’ e a ‘paz’: Unidades de Polícia Pacificadora e gestão dos territórios de favela no Rio de Janeiro. Dilemas-Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2014, pp. 625-642.

LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

MBEMBE, Achille. Necropolítica: Biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo; N-1 edições, 2019.

MONTEIRO, Joana; ROCHA, Rudi. Drug battles and school achievement: evidence from Rio de Janeiro’s favelas. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, Instituto Brasileiro de

Economia, jun. 2013.

NEOCLEOUS, Mark. A Critical Theory of Police Power: the Fabrication of Social Order.Verso: London-New York, 2000. 136

NEOCLEOUS, Mark. La lógica de la pacificación: guerra-policía-acumulación. Athenea Digital, n. 16, 2016, pp. 9-22.

REDES DA MARÉ. 3ª edição Boletim Direito à Segurança Pública na Maré. 2019. Disponível em: https://redesdamare.org.br/media/downloads/arquivos/BoletimSegPublica2018.final.pdf. Acesso em: 08 de setembro de 2021.

OLIVEIRA, João Pacheco de. Pacificação e tutela militar na gestão de populações e territórios. Mana, v. 20, n. 1, p. 125-161, 2014.

OPITZ, Sven. Governo não ilimitado – o dispositivo de segurança da governamentalidade não-liberal. Ecopolítica, São Paulo, n. 2, p. 03-36, 2012.

PASSETTI, Edson. Segurança, confiança e tolerância: comandos na sociedade de controle. São Paulo em Perspectiva, v. 18.1, pp. 151-160, 2004.

PASSETTI, Edson. Ensaio sobre um abolicionismo penal. Verve, n. 9, pp.83-114, 2006.

PASSETTI, Edson. Governamentalidade e violências. Currículo sem Fronteiras, v. 11, n. 1, pp. 42-53, jan./jun., 2011.

PEREIRA, Henrique Mioranza Koppe; AMARAL, Augusto Jobim do. Biopolítica e urbanização: estratégias de controle e exclusão social. In: Criminologia, cultura punitiva e crítica filosófica. AMARAL, Augusto Jobim do (Org.); DIAS, Felipe da Veiga (Coord.). São Paulo: Tirant lo Blanch, 2019.

SANTOS, Lucas da Silva. Polícia versus Democracia: a produção acadêmica sobre violência policial no Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais) – Curso de Pós-Graduação em Ciências Criminais, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021.

ZAVERUCHA, Jorge. Frágil Democracia e Militarização do Espaço Público no Brasil. XII Encontro Anual da ANPOCS, Caxambu, 1999. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/5847/1/JZaverucha_Fragil.pdf. Acesso em: 28 de setembro de 2022.

Published
2023-04-30
Section
Doutrinas