Relação entre a Fluorose Dentária e o Uso Precoce dos Dentifrícios Fluoretados

Resumo

O objetivo do estudo é relacionar a presença da fluorose dentária com o uso precoce de dentifrício fluoretado. Inicialmente, as mães de 194 crianças (7-12 anos), pertencentes à Clínica Infantil do Cesumar, Maringá, Estado do Paraná responderam a um questionário objetivo, a fim de regatas o histórico da utilização dos dentifrícios fluoretados em seus filhos. Em seguida, realizou-se o exame clínico dos dentes anteriores permanentes das crianças, secos com jato de ar e iluminação artificial, utilizando-se o índice de Dean. A prevalência da fluorose dentária entre as crianças examinadas foi de 25,3% com maior prevalência do grau muito leve (77,7%). Das crianças estudadas, 86,6% iniciaram o uso do dentifrício antes dos três anos, no entanto 64,4% não apresentaram fluorose. Desta forma, o teste de Spearman não registrou correlação significante (p<0,05) entre a fluorose dentária e o início de uso do dentifrício nessa idade. A realização da escovação pela própria criança antes dos anos anos (14,4%) também não apresentou correlação (p<0,05) com a presença da fluorose dentária. Quanto à quantidade do dentifrício colocado na escova, na amostra total, 33% realizavam a forma longitudinal; 42,8% a forma transversal e 16,5% a quantidade correspondente a um grão de ervilha. Não se encontrou uma associação dependente (p,0,05) entre a fluorose dentária e o hábito de colocação do dentifrício na escova, sem a supervisão dos responsáveis. Diante destes resultados o uso precoce do dentifrício fluoretado quando avaliado como variável isolada, não determinou a ocorrência da fluorose dentária na população estudada.