Nível de atividade física, tempo de tela e duração do sono de acordo com dados sociodemográficos de escolares

Palavras-chave: Adolescentes, Comportamento sedentário, Saúde escolar, Sono

Resumo

Este estudo teve como objetivo comparar os níveis de atividade física (NAF), duração de sono e tempo de tela conforme fatores sociodemográficos de 95 adolescentes da faixa etária entre 14 e 18 anos. Os adolescentes responderam questionário sociodemográfico, Physical Activity Questionnaire for Adolescents e questões de autorrelato sobre o tempo de tela e duração do sono. Foi aplicado o Teste U de Mann-Whitney. Observou-se que 80% dos escolares não atendem às recomendações de atividade física, 54,7%, de horas de sono, e 77,9%, de tempo de tela. O sexo masculino apresentou maior NAF, escolares do turno vespertino tiveram mais horas de sono nos dias úteis e entre participantes com maior renda houve maior tempo de tela e menos horas de sono nos dias úteis. Concluiu-se que os fatores sociodemográficos como sexo, turno de estudo e renda mensal influenciam o NAF, a duração do sono e o tempo de tela de escolares.

Biografia do Autor

Ana Regina Leão Ibiapina Moura, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA
Mestre em Educação Física. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Presidente Dutra (MA), Brasil.
Maycom do Nascimento Moura, Centro de Referência em Assistência Social - CRAS
Especialista em Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade. Professor do Centro de Referência em Assistência Social, Presidente Dutra (MA), Brasil.
Jorge Luiz de Brito Gomes, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Doutor em Educação Física. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.
Ferdinando Oliveira Carvalho , Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Doutor em Educação Física. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.
José Fernando Vila Nova de Moraes, Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Doutor em Educação Física. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina (PE), Brasil.

Referências

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa nacional de saúde do escolar: 2015 / IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

Keyes KM, Maslowsky J, Hamilton A, Schulenberg J. The great sleep recession: Changes in sleep duration among US adolescents, 1991-2012. Pediatrics. 2015;135(3):460-68.

Prado CV, Rech CR, Hino AAF, Reis RF. Perception of neighborhood safety and screen time in adolescents from Curitiba, Brazil. Rev Bras Epidemiol. 2017; 20(4):688-701.

Tremblay MS, Carson V, Chaput JP, Connor Gorber S, Dinh T, Duggan M, et al. Canadian 24-hour movement guidelines for children and youth: an integration of physical activity, sedentary behaviour and sleep. Appl Physiol Nutr Metab. 2016; 41:S311-27.

Guthold R, Stevens GA, Riley LM, Bull FC. Global trends in insufficient physical activity among adolescents: a pooled analysis of 298 population-based surveys with 1•6 million participants. The Lancet Child & Adolescents Health. 2020;4(1):23-35.

Foster RG, Kreitzman L. The rhythms of life: what your body clock means to you! Exp Physiol. 2014 Apr;99(4):599-606.

Lima TR, Silva DAS. Prevalence of physical activity among adolescents in southern Brazil. J Bodyw Mov Ther. 2018;22(1):57‐63.

Santana CP, Nunes HAS, Silva AN, Azeredo CM. Association between parental supervision and sedentary behavior and physical inactivity and among Brazilian adolescents. Cien Saude Colet [Internet]. 2019 Aug. [cited in 2020 Jun 15]. Avaliable in: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/association-between-parental-supervision-and-sedentary-behavior-and-physical-inactivity-and-among-brazilian-adolescents/17303

Collins P, Al-Nakeeb Y, Nevill A, Lyons M. The impact of the built environment on young people’s physical activity patterns: A suburban-rural comparison using GPS. Int J Environ Res Public Health. 2012;9:3030-50.

Colley RC, Carson V, Garriguet D, Janssen I, Roberts KC, Tremblay MS. Physical activity of Canadian children and youth, 2007 to 2015. Health Rep. 2017;28(10):8‐16.

Wasilewska M, Bergier J. Physical activity and associated socio-demographic factors in adolescents from the eastern region of Poland. Rocz Panstw Zakl Hig. 2018;69(1):55‐61.

Sousa GR, Silva DAS. Sedentary behavior based on screen time: prevalence and associated sociodemographic factors in adolescents. Cien Saude Colet. 2017;22(12):4061-72.

Pompílio RGS, Lima NN, Silva RU, Queiroz DR, Freitas CMSM. Perfil sociodemográfico, comportamento sedentário e nível de atividade física em adolescentes escolares. Rev Saúde Pesquisa. 2013 maio-ago;6(2):249-55.

Nasim M, Saade M, AlBuhairan F. Sleep deprivation: prevalence and associated factors among adolescents in Saudi Arabia. Sleep Med. 2019;53:165-71.

Nahmod NG, Lee S, Buxton OM, Chang AM, Hale L. High school start times after 8:30 am are associated with later wake times and longer time in bed among teens in a national urban cohort study. Sleep Health. 2017;3(6):444-50.

Silva AO, Oliveira LMF, Santos MAM, Tassitano RM. Tempo de tela, percepção da qualidade de sono e episódios de parassonia em adolescentes. Rev Bras Med Esporte. 2017; 23(5):375-9.

Olorunmoteni OE, Fatusi AO, Komolafe MA, Omisore A. Sleep pattern, socioenvironmental factors, and use of electronic devices among Nigerian school-attending adolescents. Sleep Health. 2018;4(6):551-7.

WHO. Recomendação da OMS sobre saúde do adolescente: diretrizes aprovadas pelo comitê de revisão de diretrizes da OMS. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2017.

Guedes DP, Guedes JERP. Medida da atividade física em jovens brasileiros: reprodutibilidade e validade do PAQ-C e do PAQ-A. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(6):425-32.

Benítez-Porres J, Alvero-Cruz JR, Sardinha LB, López-Fernández I, Carnero EA. Valores de corte para clasificar niños y adolescentes activos utilizando el Cuestionario de Actividad Física: PAQ-C y PAQ-A. Nutr Hosp. 2016;33(5):1036-44.

Guedes DP, Lopes CC. Validation of the Brazilian version of the 2007 Youth Risk Behavior Survey. Rev Saúde Pública. 2010;44(5):840-50.

Krebs NF, Jacobson MS, American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition. Policy statement: prevention of pediatric overweight and obesity. Pediatrics. 2003;112(2):424-30.

Hayes JF, Balantekin KN, Altman M, Wilfley DE, Taylor CB, Williams JW. Sleep patterns and quality are associated with severity of obesity and weight-related behaviors in adolescents with overweight and obesity. Childhood Obesity. 2018;14(1):11-17.

Buysse DJ, Reynolds CF, Monk TH, Berman SR, Kupfer DJ. The Pittsburgh Sleep Quality Index: A new instrument for psychiatric practice and research. Psychiatry Res. 1989;28:193-213.

Euler R, Jimenez EY, Sanders S, Kuhlemeier A, Horn LV, Cohen D, et al. Rural-urban differences in baseline dietary intake and physical activity levels of adolescents. Prev Chronic Dis. 2019;16:E01. doi: http://dx.doi.org/10.5888/pcd16.180200

Randler C, Faßl C, Kalb N. From Lark to Owl: developmental changes in morningness-eveningness from new-borns to early adulthood. Scientific reports. 2017;7:45874.

Wheaton AG, Chapman DP, Croft JB. School start times, sleep, behavioral, health, and academic outcomes: A review of the literature. J Sch Health. 2016;86(5):363-81.

Louzada FM, Pereira SIR. Adolescents’ sleep/wake patterns and school schedules: towards flexibility. J Biol Rhythm Research 2019;50(1):78-84.

Schäfer AA, Domingues MR, Dahly DL, Meller FO, Gonçalves H, Wehrmeister C, et al. Correlates of self-reported weekday sleep duration in adolescents: the 18-year follow-up of the 1993 Pelotas (Brazil). Birth Cohort Study. Sleep Med. 2016;23:81-8.

Cheung CHM, Bedford R, Urabain IRS, Karmiloff-Smith A, Smith TJ. Daily touchscreen use in infants and toddlers is associated with reduced sleep and delayed sleep onset. Sci Rep. 2017;7(46104):1-7.

Publicado
2021-04-30
Seção
Artigos Originais