Antropologia e transformação laboral: do estado moderno à modernidade líquida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9184.2024v24n2.e12476

Palavras-chave:

Antropologia, Estado Moderno, Modernidade Líquida, Trabalho

Resumo

Este artigo explora a antropologia como ferramenta fundamental para compreender a transição cultural do estado moderno à modernidade líquida, especialmente nas mudanças sociais e culturais do trabalho. Por meio de análise bibliográfica, examinam-se elementos culturais e questões de poder e desigualdade social, respondendo: a antropologia pode ser uma ferramenta necessária para compreender as raízes da desigualdade social na análise cultural do trabalho ao longo das fases da modernidade? Com base em teorias de Zygmunt Bauman, Marx, Durkheim e Max Weber, destaca-se sua relevância para compreender razões para a desigualdade econômica. Conclui-se que a perspectiva antropológica, no aspecto social e econômico do trabalho, é crucial para compreender disparidades sociais numa análise histórica das desigualdades para então, propor e lutar por igualdade nos direitos dos trabalhadores.

Biografia do Autor

Vanessa Siqueira Melo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. Bolsista pela Fund. Coord. de Aperfeiçoamento de Nível Superior. Técnica Administrativa em Educação na Universidade Federal do Mato Grosso – Campus Universitário do Araguaia (UFMT/CUA/ICHS).

Antonio Hilario Aguilera Urquiza, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em Antropologia (USAL – Universidade de Salamanca/Espanha). Professor da Pós-graduação em Antropologia Social e da Pós-graduação em Direito da UFMS.

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Publicado

2024-08-30

Como Citar

Melo, V. S., & Urquiza, A. H. A. (2024). Antropologia e transformação laboral: do estado moderno à modernidade líquida. Revista Jurídica Cesumar - Mestrado, 24(2), 483–498. https://doi.org/10.17765/2176-9184.2024v24n2.e12476

Edição

Seção

Doutrinas