The “Production of Cesarians” During Prenatal Care in Southern Brazil

Keywords: Biopolitics, Cesarean operation, Medicalization, Prenatal care, Risk

Abstract

The article focuses on the production of knowledge-power relationships within the scope of prenatal care in a Basic Health Unit (UBS) whose focus is health focused on prenatal care, located in a municipality in southern Brazil. It seeks to analyze, through the biopolitical theoretical framework (Michel Foucault), how the control of the bodies of pregnant women occurs through the imposition of authorized/authoritarian knowledge on the process of pregnancy and childbirth, which implies the imposition of power through trivializing the cesarean operation procedure. Therefore, it is asked about how different forms of control are exercised over female bodies in the scope of prenatal care, seeking to highlight the biopolitical character of these interventions and analyzing how these bodies react to them. From a qualitative study, carried out in the referred UBS, through semi-structured interviews with pregnant women, it is analyzed what are the biopolitical devices triggered during the assistance, and how the subjectivations of pregnant women in relation to these devices take place.

Author Biographies

Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ
Doutor em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professor-Coordenador do PPG em Direito da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Brasil.
Paulo Ricardo Favarin Gomes, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Mestre em Saúde Coletiva (UNISINOS). Enfermeiro graduado pela Universidade FEEVALE, Brasil.
Laura Cecília López, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do PPG em Saúde Coletiva e do PPG em Ciências Sociais da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Brasil.

References

AYUB, J. P. Introdução à analítica do poder de Michel Foucault. São Paulo: Intermeios, 2014.

BAZZICALUPO, L. Biopolítica: um mapa conceitual. Tradução: Luisa Rabolini. São Leopoldo: UNISINOS, 2017.

BRASIL. Portaria 569 de 1 de junho de 2000. Brasil: Ministério da Saúde, 2000.

BRASIL. Portaria 1.459 de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde a Rede Cegonha. Brasil: Ministério da Saúde, 2011.

CANDIOTTO, C. Foucault: Biopoder, biopolítica e Governamentalidade. In: NEUTZLING, I.; RUIZ, C. M. M. B. (org.). O (des)governo bipolítico da vida humana. São Leopoldo: Casa Leiria, 2011.

CAREGNATO, R. C. A.; MUTTI, R. Pesquisa Qualitativa: Análise de discurso VS Análise de conteúdo. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 15, n. 4, p. 679-684, 2015.

DAVIS-FLOYD, R. E. The Technocratic Body: American childbirth as cultural expression. Social Science & Medicine, v. 38, n. 8, p. 1125-1140, 1994.

DOMINGUES, R. M. S. S.; DIAS, M. A. B.; NAKAMURA-PEREIRA, M.; TORRES, J. A.; D’ORSI, E.; PEREIRA, A. P. E.; SCHILITHZ, A. O. C.; LEAL, M. C. Processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil: da preferência inicial das mulheres à via de parto final. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, p. S101-S116, 2014.

ESCOBAR, A. J. V. Genealogia e política. In: RIBEIRO, R. J. (org.). Recordar Foucault: os textos do Colóquio Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 209- 218.

FAYA ROBLES, A. Da gravidez de “risco” às “maternidades de risco”. Biopolítica e regulações sanitárias nas experiências de mulheres de camadas populares de Recife. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 139-169, 2015.

FERNANDES, J. A.; CAMPOS, G. W. de S.; FRANCISCO, P. M. S. B. Perfil das gestantes de alto risco e a cogestão da decisão sobre a via de parto entre médico e gestante. Saúde debate, Rio de Janeiro, v. 43, n. 121, p. 406-416, 2019.

FOUCAULT, M. O nascimento da medicina social. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 18. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2003. p. 79-98.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. 22. reimpr. Rio de Janeiro: Graal, 2012.

FOUCAULT, M. A sociedade punitiva: curso no Collège de France (1972-1973). São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015.

FOUCAULT, M. Subjetividade e verdade. São Paulo: Martins Fontes, 2016.

FOUCAULT, M. Sobre a história da sexualidade. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1995. p. 243-276.

LEAL, M. C. et al. Nascer no Brasil. Inquérito Nacional sobre parto e nascimento. 2015. Disponível em: http://www6.ensp.fiocruz.br/nascerbrasil/resultados-esperados/. Acesso em: 8 jul. 2020.

REVEL, J. Dicionário Foucault. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.

RIO GRANDE DO SUL. Perfil Socioeconômico: COREDE Vale do Rio dos Sinos. Porto Alegre: Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional; Departamento de Planejamento Governamental, 2015.

RUIZ, C. B. A verdade, o poder e os modelos de subjetivação em Foucault. IHU on-line, 25 de setembro de 2013. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/524062-a-verdade-o-poder-e-os-modelos-de-subjetivacao-em-foucault. Acesso em: 11 fev. 2021.

SANTOS, B. de S.; ARAUJO, S.; BAUMGARTEN, M. As Epistemologias do Sul num mundo fora do mapa. Sociologias, Porto Alegre, v. 18, n. 43, p. 14-23, 2016.

TEDESCO, R. P.; MAIA FILHO, N. L.; MATHIAS, L. et al. Fatores determinantes para as expectativas de primigestas acerca da via de parto. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, v. 26, n. 10, p. 791-798, 2004.

WARMLING, M. C. et al. Práticas sociais de medicalização & humanização no cuidado de mulheres na gestação. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 4, p. 1-11, 2018.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO statement on Caesarean section rates. 2015. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161442/WHO_RHR_15.02_eng.pdf?sequence=1. Acesso em: 8 jul. 2020.

Published
2021-08-30
Section
Doutrinas