Drugs, hypocrisy and power: the paradoxes of Hitler and Freud at the beginning of the prohibitionist era
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9184.2025v25.e13490Keywords:
Hitler and Freud, Legislative hypocrisy, Prohibitionism, Social control, War on drugsAbstract
Contextualization: This article critically analyzes the intersection between the prohibitionist ideology on drugs and the hypocrisy that marked Adolf Hitler and Sigmund Freud’s relationship with psychoactive substances. Although both individuals were users of certain drugs, the strengthening of prohibitionist discourse led them to publicly conceal or minimize this aspect of their biographies. This contradiction reveals how the moralization and criminalization of drug use were shaped by political and economic interests, contributing to a repressive environment.
Objectives: The study aims to investigate how the ideology of the "war on drugs" influenced the construction of a hypocritical framework in the lives of Hitler and Freud. It seeks to demonstrate that, despite their ideological and historical differences, both were affected by a prohibitionist logic that shaped their behavior and public discourse.
Methodology: The research adopts a hypothetical-deductive approach, with a qualitative focus, grounded in a literature review. The analysis incorporates historical and criminological references to contextualize the rise of prohibitionism in the early 20th century and its impact on the lives of the subjects examined.
Results: The analysis demonstrates that prohibitionism has been consolidated as a mechanism of social and political control, regardless of the ideological orientation of the regimes that adopt it. Hitler, while publicly promoting a moralist discourse, regularly used various substances such as opioids and methamphetamines under medical prescription. Freud, in turn, was an enthusiast of cocaine but omitted this relationship from his main body of work. It is concluded that both cases exemplify how prohibitionism operates based on ideological constructs, fostering a culture of hypocrisy that persists to this day.
References
ANDREAS, Peter. Killer High. Oxford: Oxford University, 2020.
COHEN, David. Freud e a cocaína. Trad. Maria Cristina Torquilho Cavalcanti. Rio de Janeiro: Record, 2014.
ESCOHOTADO, Antonio. Las drogas – de los orígenes a la prohibición. Madrid: Alianza Cien, 1994.
FRANÇA JÚNIOR, Francisco de Assis de. A missa e o álcool: uma zona desmilitarizada na relação entre a religião e a droga. BOLETIM DO IBCCRIM, v. 26, 2018.
FRANÇA JÚNIOR, Francisco de Assis de. Criminologia das drogas - desvelando o vício brasileiro pela guerra. São Paulo: Meraki, 2021.
FRANÇA JÚNIOR, Francisco de Assis de. Criminologia das drogas: considerações a partir do excurso biográfico entre Medellín e Rocinha. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 30, ano 25, São Paulo, RT, 2017.
FRANÇA JÚNIOR, Francisco de Assis de. Sobre as consequências jurídicas da criminalização do comércio de drogas e do comércio de pessoas: um descompasso comprometedor dos valores democráticos. Revista Eletrônica de Direito Penal e Política Criminal -UFRGS, v.9, n. 1, 2021.
FRANÇA JÚNIOR, Francisco de Assis de. Sobre pesquisas, drogas e ratos: análise crítica das verdades científicas produzidas pelos patrocinadores da “guerra às drogas”. Revista de Estudos Criminais, São Paulo, v. 17, n. 68, p. 21-44, jan./mar. 2018.
KAMIE?SKI, ?ukasz. Las drogas en la guerra. Una historia global. Trad. David Paradela López. Madrid: Crítica, 2017.
LEÓN, Lucas Pordeus. “Álcool no trânsito mata 1,2 brasileiro por hora, revela pesquisa”. Agência Brasil, 19/06/2023. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-06/alcool-no-transito-mata-12-brasileiro-por-hora-revela-pesquisa. Acesso em 17.12.2024.
MARKEL, Howard. An Anatomy of Addiction: Sigmund Freud, William Halsted, and the Miracle Drug Cocaine. New York: Vintage, 2012.
MDR. Pervitin, die Droge, mit der Hitlers Soldaten in den Krieg zogen. 2021. Disponível em: https://www.mdr.de/geschichte/ns-zeit/zweiter-weltkrieg/pervitin-soldaten-droge-crystal-hitler-deutsches-reich-100.html. Acesso em: 5 fev. 2025.
MENDONÇA, Júlia Reis da Silva. A droga como um recurso ao mal-estar na civilização. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 17, n. 2, p. 240-260, ago. 2011.
OHLER, Norman. High Hitler: como o uso de drogas pelo Führer e pelos nazistas ditou o ritmo do Terceiro Reich. Trad. Silvia Bittencourt. São Paulo: Planeta, 2017.
PIEPER, Werner (Hg.). Nazis on speed – drogen im 3. Reich. v. 1. München: Rauschkunden, 1989.
SMITH, Von Pete. Hitlers geheime Drogensucht. ÄrzteZeitung, 2016. Disponível em: https://www.aerztezeitung.de/Medizin/Hitlers-geheime-Drogensucht-311969.html. Acesso em 26.01.2025.
SWEETING, C. G. O piloto de Hitler. Trad. Elvira Serapicos. São Paulo: Jardim dos Livros, 2011.
THORNTON, E. M. The freudian fallacy. London: Paladin, 1986.
UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME. Relatório Mundial sobre Drogas 2024 do UNODC alerta para o crescimento do problema das drogas no mundo em meio à expansão do uso e dos mercados de drogas. 2024. Disponível em: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/frontpage/2024/06/relatorio-mundial-sobre-drogas-2024-do-unodc-alerta-para-o-crescimento-do-problema-das-drogas-no-mundo-em-meio--expanso-do-uso-e-dos-mercados-de-drogas.html. Acesso em: 5 fev. 2025.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Revista Jurídica Cesumar - Mestrado

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Commons Atribuição 4.0 Internacional. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar, e criar a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.