LA CRISIS DE (IR)RACIONALIDAD DEL SISTEMA PENAL: LA DE SUBJETIVACIÓN DEL “OTRO” EN EL ESTADO DE EXCEPCIÓN DE LAS SOCIEDADES POST-DISCIPLINARES
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9184.2018v18n2p393-428Palabras clave:
Crisis, Multitud, Penalidad, Riesgo, Homo sacerResumen
Hay una constante y permanente crítica a las actuales condiciones del sistema penal, principalmente en Brasil, siempre en el sentido de afirmar que la penalidad contemporánea se encuentra en crisis. Sin embargo, se indaga: ¿el sistema penal está en crisis, o él “es la crisis”? Se propone aquí que la irracionalidad del sistema penal moderno es inherente a su propio funcionamiento, lógica esa determinada por la disposición de los modos de producción y las relaciones sociales de la modernidad. No hay, por lo tanto, nada de sorprendente en la crisis del sistema penal y en sus aspectos selectivos. En verdad, la selectividad siempre fue una inmanencia del sistema penal. La diferencia es que hoy ese proceso sucede de manera muy sutil e ideologizada y sus efectos desencadenan la creciente destrucción de la identidad del “otro”. El sujeto moderno se encuentra cada vez más “desubjetivado”, y aquellos que sufren aún más con los mecanismos de la bio política son la “Multitud”, lanzada cada vez más cerca a la condición elementar 0 de homini sacrii, de rechazo humano, inseridos en un estado de excepción que se compone cada vez más como estructura jurídico-política patrón. De esa forma, en el presente estudio se tiene como objetivo proponer un breve análisis contemporáneo crítico-filosófica del fenómeno carcelario, a fin de posibilitar la elaboración de un nuevo conjunto de abordaje que pueda ser eficaz para tratar de manera actual la selectividad penal, el encarcelamiento en masa y la ilegitimidad del discurso jurídico penal, utilizándose, como referencial teórico principal la criminología crítica y como metodología la dialéctica.Citas
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. 2. ed. Minas Gerais: Ed. da UFMG, 2014.
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
AGUIAR, Roberto A. R. de. Direito, Poder e Opressão. São Paulo: Alfa-Omega, 1990, p. 98.
BAUMAN, Zygmunt. Vidas desperdiçadas. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. p. 109.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Tradução de Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
BYUNG-CHUL, Han. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
DORIA, Kim; JINKINGS, Ivana. 1917: o ano que abalou o mundo. São Paulo: Boitempo, 2017.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Tradução de Estela do Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
DELEUZE, Gilles. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In: CONVERSAÇÕES. Tradução de Peter Pál Pebart. São Paulo: Ed. 34, 1992.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 38. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
FOUCAULT, Michel. A Governamentalidade. In: MICROFÍSICA do Poder. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo, Martins Fontes, 1999.
FUKUYAMA, Francis. A história venceu: Francis Fukuyama joga a toalha. Exame, São Paulo, 22. jan. 2016. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/revista-exame/a-historia-venceu/>. Acesso em: 07 dez. 2017.
FUKUYAMA, Francis. Para filósofo, “fim da história” pode acontecer – de novo. Exame, São Paulo, 30 jun. 2016. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/economia/para-filosofo-o-fim-da-historia-pode-acontecer-de-novo/>. Acesso em 07 dez. 2017.
FUKUYAMA, Francis. The end of history and the last man. Nova York, EUA: The Free Press, 1992.
GIORGI, Alessandro De. A miséria governada através do sistema penal. Tradução de Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro: Revan, 2006.
GOFFMAN, Erving. Prisões, manicômios e conventos. Tradução de Duarte Moreira Leite. São Paulo: Perspectiva, 1974.
GOMIDE, Bruno Barretto (Org.). Escritos de outubro. Tradução Paula Almeida et al. São Paulo: Boitempo, 2017.
KARATANI, Kojin. Structure of world history: from modes of production to modes of exchange. Traduzido por Michael K. Bourdaghs. Durham; Londres: Duke University Press, 2014.
KASHIURA JR., Celso Naoto. Crítica da igualdade jurídica: contribuição ao pensamento jurídico marxista. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
KOJÈVE, Alexandre. Introdução à leitura de Hegel. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 23: o sinthoma (1975-1976). Tradução de Sergio Laia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed. 2007.
LOSURDO, Domenico. Guerra e revolução: o mundo um século após outubro de 1917. Tradução de Ana Maria Chiarini e Diego Silveira Coelho Ferreira. São Paulo: Boitempo, 2017.
MARX, Karl. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. Tradução de Mário Duayer e Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo; Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 2011.
MASSIMO, Pavarini; MELOSSI, Dario. Cárcere e fábrica: as origens do sistema penitenciário (séculos XVI-XIX). Tradução de Sérgio Lamarão. Rio de Janeiro: Revan, 2006.
MENEZES, Djacir. Motivos alemães: filosofia, hegelianismo, marxologia, polêmica. Rio de Janeiro: Cátedra; Brasília, INL, 1977.
NETTO, José Paulo. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Expressão Popular.
MIÉVILLE, China. Outubro: história da Revolução Russa. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2017.
NEGRI, Antonio. Cinco lições sobre Império. Tradução de Alba Olmi. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. (Coleção Política das Multidões).
ROSDOSLKY, Roman. Gênese e estrutura de O Capital de Karl Marx. Tradução de César Benjamin. Rio de Janeiro: EDUERJ; Contraponto, 2001.
TRÓTSKI, Leon. A Revolução de Outubro. 2. ed. Tradução de Daniela Jinkings et al. São Paulo: Boitempo, 2017.
YOUNG, Jock. A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Revan, 2002.
ZAFFARONI, Eugenio Rául. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. Tradução de Vania Romano Pedrosa e Amir Lopez da Conceição. Rio de Janeiro: Revan, 1991.
ZIZEK, Slavoj. The sublime object of ideology. Londres, Inglaterra; Nova York, EUA: Verso Books, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A Revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Commons Atribuição 4.0 Internacional. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar, e criar a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.