La Teoría de la Separación de los Poderes en Brasil: Por una Necesaria (Re)Lectura a Partir del Poder Judiciario

Palabras clave: Demandas políticas, Mecanismos de resolución de conflictos, Poder Judiciario, Separación de los poderes

Resumen

La teoría de la separación de los poderes propuesta por Montesquieu presupone la identificación de tres funciones específicas del Estado y la distribución de competencias a centros distintos, que actuarían de manera harmónica. El intuito del filósofo francés era descentralizar el poder y provocar el aumento de la eficiencia de la actuación estatal, pues cada función sería desempeñada por órgano específico. En Brasil, esa teoría es adoptada por la Constitución de 1988, cabiendo a los Poderes Legislativo, Ejecutivo y Judiciario el ejercicio de atribuciones propias. Ocurre que la clásica función jurisdiccional, atribuida a los órganos judiciarios vienen sufriendo alteraciones, en razón del aumento de las demandas de naturaleza política y del protagonismo que ganaron los otros mecanismos de resolución de conflictos. En el presente artículo, con base en la investigación bibliográfica realizada, se pretende demonstrar que hubo una modificación en el perfil del Poder Judiciario brasileño, con la inserción del debate político en su actuación y la pérdida de la exclusividad como centro de pacificación social.

Biografía del autor/a

Fernando Fortes Said Filho, Instituto Federal do Piauí - IFPI
Estudiante de doctorado en Derecho Constitucional en UNIFOR. Máster en Derecho Público por UNISINOS. Profesor de Derecho en IFPI. Abogado Teresina, Piauí, Brasil.

Citas

BARROSO, Luís Roberto. Constituição, democracia e supremacia judicial: direito e política no Brasil contemporâneo. Revista Pensar, Fortaleza, v. 18, n. 3, p. 864-939, set/dez. 2013.

BARROSO, Luís Roberto. A razão sem voto: o Supremo Tribunal Federal e o governo da maioria. Revista brasileira de políticas públicas, Brasília, v. 5, número especial, p. 23-50, 2015.

BERMUDES, Sérgio. Introdução ao processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 2010.

BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 13. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 6. ed., rev. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2007.

CALMON, Petronio. Fundamentos da conciliação e da mediação. 3ª ed. Brasília: Gazeta Jurídica, 2015.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 17. ed. v. 1. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Fabris, 1988.

CARNELUTTI, Francesco. Instituciones del proceso civil. Traducción de la quinta edición italiana por Santiago Sentis Melendo. Buenos Aires: Juridicas Europa-America, 1959. v. 1, p. 109

CASTILLO, Niceto Alcalá-Zamora. Proceso, autocomposición y autodefensa: contribución al estudio de los fines del proceso. México: Universidad Autónoma de México, 2000.

CINTRA, Antônio Carlos; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. 18. ed., rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2002.

CONSTANT, Benjamin. Princípios politicos constitucionais: princípios politicos aplicáveis a todos os governos representativos e particularmente à Constituição da França (1814). Rio de Janeiro: Liber Juris, 1989.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. 21. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2000.

ENGELMANN, Wilson. A Crise Constitucional: a linguagem e os direitos humanos como condição de possibilidade para preservar o papel da Constituição no mundo globalizado. In: MORAIS, José Luis Bolzan de (Org.). O Estado e suas crises. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.

GOZAÍNI, Osvaldo A. Formas alternativas para la resolución de conflictos. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 1995.

HAMILTON, Alexander; MADISON, James; JAY, John. O Federalista. Brasília: UNB, 1984.

LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO. Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 8. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013.

MONTESQUIEU, Charles Louis de Secondat, Baron de la. Do espírito das leis. 2. Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

MORAES FILHO, José Filomeno de. A separação de poderes no Brasil. Políticas públicas e sociedade. Ano 2001, v.1, n.1, mês jan/jun, p. 37-46.

PIÇARRA, Nuno. A separação dos poderes como doutrina e princípio constitucional: um contributo para o estudo das suas origens e evolução. Coimbra: Coimbra, 1989.

PIERCE, Jesús Zamora. El derecho a la jurisdiccion. Revista de la Facultad de Derecho de México, t. 29, n. 114, p. 965-977, sept./dic. 1979.

Relatório ICJBrasil: 1º semestre 2016. Disponível em http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/17204/Relatorio-ICJBrasil_1_sem_2016.pdf?sequence=1&isAllowed=y

ROCHA, José de Albuquerque. Estudos sobre o poder judiciário. São Paulo: Malheiros, 1995.

ROCHA, José de Albuquerque. Teoria geral do processo. 10. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2009.

SALES, Lília Maia de Morais; CHAVES, Emmanuela Carvalho Cipriano. Conflito, Poder Judiciário e os equivalentes jurisdicionais: mediação e conciliação. Revista da AJURIS, v. 41, n. 134, junho de 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Por uma revolução democrática da justiça. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito constitucional positivo. 25. ed, rev. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2005.

STRECK, Lenio Luiz; Morais, José Luiz Bolzan de. Ciência política e teoria do Estado. 7 ed. 2. tir. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.

VASCONCELOS, Arnaldo. Teoria e prática do Poder Moderador. Revista de ciência política. Rio de Janeiro, v. 29, n. 4, p. 72-81, out./dez. 1986.

Publicado
2020-10-02
Sección
Doutrinas