Liberdade e(m) democracia: interface entre o tempo de Montesquieu e a exortação para o porvir

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9184.2025v25.e13497%20

Palavras-chave:

Governo de leis, Liberdade política, Montesquieu, Separação de poderes

Resumo

Contextualização: Este ensaio examina a teoria política de Montesquieu, enfatizando a importância que o autor atribuiu ao governo das leis, combinado com a relevância na compreensão da virtude e liberdade como fundamentos democráticos, além de ressaltar a necessidade de vigilância constante por parte dos representados em relação ao perigo decorrente da concentração de poderes. A formulação do autor acerca da tripartição dos poderes goza de uma perenidade histórica, fundamentando o constitucionalismo contemporâneo e conservando a marca da essencialidade impressa na sua teoria.

Objetivo: A proposição da pesquisa objetiva discutir sobre uma eventual necessidade democrática de vigilância popular, a ser exercida em tom constante, relacionada com os avisos formulados pelo autor acerca da degenerescência dos governos.

Metodologia: Trata-se de um trabalho desenvolvido sob a abordagem dialógico-dedutiva de caráter qualitativo, produzido a partir de referencial bibliográfico da própria lavra de Montesquieu e de demais fontes bibliográficas complementares.

Resultados: Concluiu-se que, diante da definitividade das ideias fundamentais do autor e dos seus consequentes avisos lançados para o futuro, que contrastam com os comportamentos degenerados praticados contemporaneamente pelos expoentes da extrema-direita na e contra a democracia, restou evidenciado o risco de perpetuação da forma autogoverno. 

Biografia do Autor

André Ricardo Antonovicz Munhoz, Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (PPGDA/UEA). Especialista em Direito do Estado (UNIDERP). Graduação em Direito pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel (UNIVEL). Defensor Público (DPE/AM).

Amanda Nicole Aguiar de Oliveira, Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Mestra em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (PPGDA/UEA). Especialista em Direito Civil (UNIASSELVI). Graduação em Direito pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Advogada.

Sílvia Maria da Silveira Loureiro, Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Pós-Doutorado pela Universidade de Lisboa (UL-Portugal). Doutora em Direito (área de concentração em Teoria do Estado e Direito Constitucional) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). Mestrado em Direito e Estado pela Universidade de Brasília (UnB). Atua como professora do Curso de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (PPGDA/UEA).

Referências

ARISTÓTELES. A política. Tradução de Roberto Leal Ferreira. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

AVRITZER, Leonardo. O pêndulo da democracia. São Paulo: Todavia, 2019.

AVRITZER, Leonardo. Política e antipolítica: a crise do governo Bolsonaro. São Paulo: Todavia, 2020.

BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. Tradução de Marco Aurélio Nogueira. 12. reimp. São Paulo: Paz e Terra, 2000a.

BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Tradução de Daniela Beccaccia Versiani. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000b.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A democracia não está morrendo: foi o neoliberalismo que fracassou. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 111, p. 51-79, set. 2020. Disponível em: https://www.cedec.org.br/democracia-em-transe/. Acesso em: 04 jan. 2024.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

DALLARI, Dalmo de Abreu. O Estado Federal. São Paulo: Editora Ática, 1986.

KEANE, John. A mais breve história da democracia. Tradução de João Costa. Rio de Janeiro: Alta Books, 2023.

LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

MONTESQUIEU, Charles de Secondat, Baron de. O espírito das leis. Tradução de Cristina Murachco. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

POPPER, Karl Raimund. A sociedade aberta e seus inimigos. Tradução de Milton Amado. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1974.

ROUSSEOU, Jean-Jacques. O contrato social. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

Downloads

Publicado

2025-06-12

Como Citar

Munhoz, A. R. A., Oliveira, A. N. A. de, & Loureiro, S. M. da S. (2025). Liberdade e(m) democracia: interface entre o tempo de Montesquieu e a exortação para o porvir. Revista Jurídica Cesumar - Mestrado, 25(1), 72–83. https://doi.org/10.17765/2176-9184.2025v25.e13497

Edição

Seção

Artigo Original