COISA JULGADA COMO DESAFIO PARA A CONCREÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA ADEQUADA

Autores

  • Sebastião Sergio Silveira Universidade de São Paulo - USP Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
  • Leonardo Aquino Moreira Guimarães Universidade de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.17765/2176-9184.2017v17n3p609-633

Palavras-chave:

Coisa julgada, Ações coletivas, Direitos metaindividuais, Expansão subjetiva

Resumo

O instituto da coisa julgada, como garantia fundamental e indutor do princípio da segurança jurídica, tem como função conferir estabilidade às decisões judiciais. No âmbito da tutela individual ele é de existência secular. Não obstante, no âmbito da tutela coletiva, por ser ainda de incidência recente, vem provocando debates e dificuldades. Para falar sobre as implicações da coisa julgada nas ações que veiculam direitos metaindividuais, faz-se mister, à míngua de uma disciplina legal específica, socorrer, mutatis mutandis, às feições e ao regime jurídico da coisa julgada nas relações processuais intersubjetivas. Diante da tendência de “massificação” dos conflitos, e por corolário, da “dessubstantivação dos interesses”, a depender da espécie de direto coletivo envolvido e da sentença prolatada, a coisa julgada produzirá efeitos cambiantes. O estudo acerca da expansão da coisa julgada nas ações coletivas é o objeto do presente trabalho.

Biografia do Autor

Sebastião Sergio Silveira, Universidade de São Paulo - USP Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP

Mestre e Doutor pela PUC-SP, Pós-Doutorado na FD de Coimbra. Professor na FDRP-USP e UNAERP, Promotor de Justiça

Leonardo Aquino Moreira Guimarães, Universidade de Ribeirão Preto

Tabelião no Estado do Maranhão, Mestrando no Programa de Direitos Coletivos e Cidadania da UNAERP.

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Publicado

2017-12-20

Como Citar

Silveira, S. S., & Guimarães, L. A. M. (2017). COISA JULGADA COMO DESAFIO PARA A CONCREÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA ADEQUADA. Revista Jurídica Cesumar - Mestrado, 17(3), 609–633. https://doi.org/10.17765/2176-9184.2017v17n3p609-633

Edição

Seção

Artigo Original