A INDÚSTRIA CULTURAL E O CARÁTER FICTÍCIO DA INDIVIDUALIDADE NA DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR-COMUNIDADE GLOBAL
DOI:
https://doi.org/10.17765/2176-9184.2017v17n1p107-131Palavras-chave:
Consumidor-Comunidade Global, Individualidade Fictícia, Indústria Cultural, Vulnerabilidade TransnacionalResumo
O presente artigo tem por escopo realizar, por meio de pesquisa teórica, uma análise da conversão da indústria cultural em técnica de manipulação das massas com a consequente formatação do indivíduo e negação da sua individualidade e, nesse cenário, propõe-se a refletir sobre o conceito global de consumidor, diretamente afetado por esses influxos. Em linhas conclusivas, a pesquisa convalida a tese de que o conceito de consumidor ultrapassa fronteiras nacionais e assume uma dimensão internacional, tomando como fator legítimo de discriminação sua vulnerabilidade econômica transnacional diante de necessidades de consumo globais, estimuladas por uma indústria cultural a serviço do consumismo, a pretexto de anunciar uma maior emancipação e liberdade econômica do indivíduo.Referências
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